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Mãe emociona ao falar da mudança de vida após filho autista ser abusado por vizinho; ‘recomeço’
8 de agosto de 2024
- Monique de Carvalho
Essa mãe teve o filho autista abusado por um vizinho e hoje luta para que não ocorra com outras famílias - Foto: arquivo pessoal
Essa mãe teve o filho autista abusado por um vizinho e hoje luta para que não ocorra com outras famílias - Foto: arquivo pessoal

A força da Leidiane deixou muita gente emoocionada. Essa mãe descobriu que teve o filho, que é autista abusado por uma pessoa que ela confiava e conhecia desde pequeno. Hoje, ela luta para que outras mães não passem pelo mesmo, apesar de todas as dificuldades que vive,

Além do Ryan, de 11 anos, o outro filho da Leidiane, Ben, de 9 anos, também sofreu abuso de um vizinho que, por ser adolescente, não foi preso.

A mãe contou que o sonho dela é se estabilizar um pouco para então informar outras mãe, já que quando ela precisou, não encontrou apoio. “Eu procurei associações, imprensa, tudo. Ninguém queria me ouvir. Quero ter voz para que outra mãe não sinta o que eu senti”, disse Leidiane, em entrevista ao Só Notícia Boa. Uma vaquinha foi aberta para ajudar a família.

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O abuso

Leidiane contou que nunca imaginava que o vizinho, que ela conhecia desde criança, fosse cometer o abuso contra os dois filhos dela.

“Eu o conhecia, conhecia a família dele e sempre confiei em deixar meus filhos brincarem na casa dele. O Ryan e o Ben iam para lá jogar videogame todos os dias. Até que um dia meu sobrinho, que também foi abusado, contou para meu irmão o que tinha acontecido”, lembrou a mãe, emocionada.

“Eu pedi que eles me falassem tudo, mesmo sabendo que ia dor. O Ben então contou e eu me desesperei”, explicou a mãe.

Leidiane procurou a Delegacia da Criança e do Adolescente, mas o processo não foi para frente, já que o abusador tinha apenas 16 anos na época. O crime aconteceu no final de 2023.

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Mudança de cidade

Lediane contou que tentou suicídio e não viu outra saída a não ser mudar de cidade. “Eu não estava aguentando ver ele solto. É um trauma muito grande”, contou.

Em Fortaleza ela trabalhava como empregada doméstica e hoje lamenta a situação que vive. “Eu tinha meu emprego, minha casinha e hoje não tenho nada”, contou a mãe.

Como tem uma tia que mora em Juiz de Fora, ela decidiu mudar de cidade. Uma amiga deu as passagens e Leidiane aceitou a mudança.

“Foram 3 dias de ônibus até Minas Gerais. Apesar da viagem cansativa, eu estava com tanta vontade de mudar de vida que não pensei, só fui”, disse.

Dificuldades surgiram

Leidiane está em Juiz de Fora desde o início deste ano, mas ainda passa algumas dificuldades. A mãe não conseguiu um emprego e vive de fazer bicos de atendentes em uma padaria.

Ela alugou um apartamento e vai se virando com o benefício do Ryan e o dinheiro que ganha. Ela também recebe uma cesta básica por mês de um projeto que participa.

Tudo o que ela pede é a oportunidade de mudar. A gente sabe que nada vai apagar o trauma que essa família passou, mas podemos dar mais esperança e uma nova chance de recomeço.

“Eu não desejo para ninguém a dor que eu estou sentindo”

A vaquinha é custear seis meses de aluguel e alimentação.

Contamos muito com vocês nessa missão!

Doe pelo Pix: leidiane@sovaquinhaboa.com.br

ou pelo site do Só Vaquinha Boa, clicando aqui.

 

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