Aluno com deficiência visual dança festa junina na escola e inclusão emociona; vídeo

Mais uma vez, as crianças dão lição aos adultos e mostram como se faz inclusão na prática. Um aluno com deficiência visual severa participou da dança da festa junina na escola e fez bonito com apoio dos coleguinhas e da professora.
Davi Silva mora com a família em Jaboatão dos Guararapes, no grande Recife, em Pernambuco e estuda no Colégio Zuleide Constantino. O menino ficou cego por causa de uma doença genética rara chamada Síndrome de Batten.
Mas isso não impediu o garoto de dançar, cantar e se movimentar na apresentação da festa junina. Na plateia, a irmã do Davi, a Luiza, mostrou que é fã do irmão e não parava de comemorar e gritar.
Acolhido, integrado e incluído
No vídeo, compartilhado pela rede pedagógica, Davi aparece felicíssimo dançando com os coleguinhas de turma. Em momento algum, ele demonstrou dificuldade, medo ou incômodo, ao contrário.
Nas redes sociais, a mãe Fabiana Silva conta que a escola, os professores e os colegas do Davi dão um apoio incrível para que o filho se sinta acolhido, integrado e incluído.
Durante a apresentação, fica claro todo esse empenho coletivo funciona. Davi, embora não enxergue, percebe o quanto é querido por todos.
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Reação nas redes sociais
Nas redes sociais, muito apoio e aplausos para o Davi, a escola, aos professores e aos coleguinhas.
“Parabéns professora (Madalena). Você deu um show Davi. Equidade é isso, inclusão que sai do papel. Quem é mãe atípica se emociona com uma apresentação assim”, comentou uma seguidora.
“Não estava preparada pra chorar agora. Mas chorei. Lindo, lindo”, disse outra.
“É incrível como um vídeo de menos de 1 minuto faz a gente se sentir tão bem”, afirmou um seguidor.
Doença rara e progressiva
Nas redes sociais, Fabiana aproveita para pedir ajuda para o tratamento do Davi. O menino foi diagnosticado com uma síndrome genética chamada de Batten.
Conhecida como Lipofuscinose Ceróide Neuronal (LCN), ela atinge o sistema neurodegenerativo, afetando áreas do cérebro e do sistema nervoso. É uma condição progressiva.
Por enquanto, a ciência busca a cura, enquanto não encontra, o jeito é minimizar os efeitos no organismo, garantindo qualidade de vida.

Assista ao vídeo do Davi, aluno com deficiência visual, dançando na festa junina da escola:
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