Ex-vendedora de água salva vidas no SAMU

De ex-vendedora de água a salvadora de vidas no SAMU, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Essa é a trajetória de Idenir Melo, uma mulher que transformou dificuldades em força e coragem para realizar um sonho. Ela perdeu a mãe em um acidente de trânsito.
Criada em um lar simples, em Crateús, no interior do Ceará, onde muitas vezes faltava comida e até mesmo conforto básico, Idenir aprendeu desde cedo que persistir era a única saída. Filha de dona Judite, uma guerreira que sustentou os filhos com muito sacrifício, cresceu cercada de privações, mas nunca deixou de acreditar em dias melhores.
Hoje, formada em Enfermagem e atuando no SAMU e na Policlínica de Crateús, Idenir ajuda outras pessoas e retribui para a mãe, que fez tudo para que ela realizasse o sonho de se formar.
Infância simples
A infância de Idenir foi feita de limitações. Muitas vezes a refeição se resumia a arroz branco, e as roupas chegavam por doação de vizinhos. Sonhos como ter uma televisão ou uma geladeira pareciam distantes.
Mesmo assim, a família seguia unida. Dona Judite Araújo Melo, mãe de Idenir, sustentava os filhos vendendo bananas e fazendo crochê.
Mulher batalhadora, tornou-se exemplo de resiliência e ensinou a filha a lutar com dignidade diante das adversidades.
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Primeiro contato com o trabalho
Ainda adolescente, aos 13 anos, Idenir começou a trabalhar no comércio local. Passou por lojas, foi telefonista em uma empresa de mototáxi e depois ficou 10 anos na rede de lojas Macavi.
Cada emprego foi um aprendizado. Segundo a jovem, mais do que o sustento, o trabalho ajudou a moldar a responsabilidade e a disciplina que seriam fundamentais na vida acadêmica e profissional.
Mesmo diante do cansaço, Idenir nunca abandonou o sonho de estudar. Ela contou que guardava esperança e energia para conquistar o objetivo maior: tornar-se enfermeira.
Desafios na faculdade
A realização desse sonho exigiu sacrifícios. Para cursar Enfermagem em Fortaleza, enfrentou longas viagens de ônibus e uma rotina puxada. Muitas vezes precisou vender almoço para garantir a janta.
Foram anos de renúncia. Aos 32 anos, ela finalmente alcançou o tão esperado diploma.
Hoje, Idenir comemora as conquistas e não cansa de agradecer a mãe, que faleceu em janeiro de 2024 em um acidente de trânsito.
Como homenagem, um posto de saúde no bairro José Rosa levará o nome de dona Judite, após aprovação na Câmara Municipal.

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