Crianças aprendem a respeitar diferenças: superar dificuldades

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Por Kariane Costa
Dizem que crianças são crueis, porque dizem o que pensam e muitas vezes magoam os amiguinhos.
Você vai conhecer agora as histórias de dois jovens deficientes que conheceram o preconceito desde que nasceram, e mais do que superar, eles deram a volta por cima com categoria, dignidade e hoje viraram exemplos para estudantes do Distrito Federal..
A vida de Saulo Pereira um jovem de 27 anos (foto acima), morador de Ceilândia/DF, poderia não ter ido adiante por causa do preconceito, mas sua determinação, coragem e o apoio dos familiares foram maiores.
Talvez para muitos seria meramente impossível escrever sem o apoio dos braços e das mãos, mas não para Saulo que aprendeu a desenvolver ações cotidianas como escrever, usar o computador e até se barbear.
Ele venceu desafios e acumulou vitórias, como a formatura no curso de Direito.
“Para ser matriculado na escola aos 6 anos, para ser alfabetizado, tive que acionar o Hospital Sarah o Ministério Público para ter direito à vaga, sabendo que no meu teste de QI deu acima da média. Perdi um ano de alfabetização e só tive acesso aos 7 anos . Hoje é diferente pois temos a inclusão que dá direito aos alunos com necessidades educacionais especiais o acesso à matrícula em qualquer escola.”, conta.
Sindrome de Turner
Outro exemplo é Alessandra Rodrigues (foto acima), portadora do Síndrome de Turner uma doença rara, de causa genética, que afeta apenas as meninas e que é caracterizada pela ausência total ou parcial de um dos dois cromossomos X. Ela provoca um aumento de volume do dorso das mãos e dos pés e edema na pele na região posterior do pescoço.
Moradora de um bairro carente, hoje têm dois empregos, trabalha como Recepcionista em um hospital e como auxiliar de faturamento em outro.
Alessandra estuda Gestão Hospitalar na faculdade. Ela adora baladas, tem um namorado e é muito vaidosa.
Hoje ela tem um excelente relacionamento com os colegas de trabalho, se sente muito mimada, mas já sofreu discriminação nas ruas e até mesmo na escola.
“O que me fez superar as dificuldades foi o apoio médico, familiar e dos professores que não desistiram de mim e me ajudaram a vencer as barreiras do preconceito da sociedade”, diz Alessandra.

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Semana de Inclusão
Essas duas histórias magníficas foram compartilhadas na Semana da Inclusão na Escola 24 da Ceilândia, no Distrito Federal.
Alunos do ensino fundamental conheceram a experiência de vida de Alessandra e Saulo Pereira, e descobriram que existem diferenças e que devemos lidar com elas, sem deixar os sonhos de lado.
Para a professora especializada da sala de recursos, Cleudia Medeitros, é uma semana especial.
Uma oportunidade para mostrar às crianças que as dificuldades da vida podem ser superadas.
“Sabemos que temos muitos ganhos mas precisamos de mais vitórias porque o direito à educação, à vida social é uma luta diária contra o preconceito.
A semana da inclusão na escola vai até sábado, dia 14.