Mais que um professor: um educador

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Por Bruno M.
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Por Roberto Garini.
15 de outubro, dia do professor.
Aí eu me lembro dos tantos professores que tive, alguns deles que fizeram este ser humano um pouco melhor, porque mais que ensinar, eles me educaram.
Começou cedo, aos 7 anos: conheci dona Benedita, lá em Atibaia, interior de São Paulo, no grupo escolar.

Foi ela que me alfabetizou, e acho que devo a ela o poder de escrever coisas que as pessoas possam entender

Já em São Paulo, no Colégio Oswaldo Cruz, conheci um outro grande educador, meu professor de Francês, prof. Bittar, que mais tarde foi professor das minhas três filhas.
O Bittar me fez gostar de estudar idiomas. 
Fui estudar química industrial no Liceu Eduardo Prado e aí, mais uma vez, me deparei com um educador, prof. Cândido, que dava as aulas de laboratório.
Era ele que nos fazia sentir, na prática, o que se podia fazer com o conhecimento da química.
No cursinho para o vestibular três grandes mestres, Fujita, Stavalle e Cid Guelli.
A matemática do Fujita e do Cid Guelli me influenciou tanto que fui estudar matemática junto com engenharia e não me arrependo, pois só assim pude me tornar um professor que tentou ser um educador.
O Stavalle sabia tudo de física e sabia muito mais ainda de vida. 
Depois vieram as Faculdades.
Fambrini, prof. de cálculo na Mauá, mais que um professor, um amigo dos alunos.
O grande mestre Castrucci, do qual tenho a honra de ter sido não só aluno, mas, seu estagiário no Instituto de Matemática e Estatística da USP.
Foram quatro anos de conhecimentos da história da matemática e de ética na vida.
Acho que com ele aprendi que só na matemática dois mais dois são quatro, porque na vida a mesma conta pode ter resultado de cinco.
Beatriz Fetizon, que me fez entender a educação como a única saída para o desenvolvimento de nós mesmos e de todos.
Franklin, lá na Faculdade de Filosofia, me fez conhecer o que tantos pensavam de onde viemos e para onde vamos.
Também conheci o Wefort, que me ensinou tudo o que sei de politica e Marilena Chauí, a mais rigorosa e mais precisa professora de filosofia que conheci, exuberante na sala de aula e fora dela.
Por fim o Guido Fernandes Silva Soares, professor de direito internacional, Candido Dinamarco e Dalmo de Abreu Dallari foram alguns dos que me colocaram o sentido da lei e da ordem, em um período que o Brasil não as tinha. 
Hoje, afastado das aulas, fico imaginando quantos alunos meus sentem isso por mim… e se um só sentir que fui mais que professor, mas sim um educador, já valeu o esforço.
Obrigado meus educadores.