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Cães vestidos de coelho alegram Páscoa de crianças internadas

Rinaldo de Oliveira
20 / 04 / 2014 às 00 : 00
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Foto/divulgação
“Cãoelhos” fizeram a festa de Páscoa das crianças internadas na pediatria do Hospital Barão de Lucena, em Iputinga, Zona Oeste do Recife, Pernambuco.
Com orelhas de coelho e levando ovos de chocolate, os Cães Doutores alegraram a criançada, que passam dias e noites na cama.
Internada na unidade de saúde há oito dias por causa de uma pneumonia, a pequena Sara, de dois anos, ficou apaixonada pelos cachorros.
“No começo, ela até ficou com um pouquinho de medo, mas depois adorou. Não queria mais soltar os bichinhos”, contou a mãe da menina, Patrícia Gabriele.
Apesar de ser a primeira vez que Sara e sua mãe viram os animais na unidade de saúde, a presença dos Cães Doutores faz parte da vida dos pacientes da pediatria do HBL há oito anos.


Cinoterapia
Desde 2006, a terapia com cães, ou Cinoterapia vem sendo praticada no hospital recifense.
Quinzenalmente, às quintas-feiras, o projeto leva pelo menos quatro cães para interagir com as crianças internadas e realizar um trabalho ocupacional.
“Atualmente temos um grupo com cerca de dez cachorros treinados para serem cães doutores, que são revezados a cada vinda. Essa divisão acontece até mesmo porque é um serviço voluntário; não dá para os donos deles sempre trazerem os animais”, explicou a coordenadora do projeto e terapeuta ocupacional, Andréa Souza.
Entre os pacientes beneficiados com o projeto, que é uma parceria da Secretaria de Saúde de Pernambuco e o Kennel Club no Estado, estão Vitória Naome, de 2 anos, portadora da síndrome de Down, e Jonatas Artur, 4 anos, diagnosticado com autismo.
A menina que não andava ou falava passou a se expressar muito melhor e dar seus primeiros passos após as interações com o cão Bruce, um golden retriever de cinco anos.
O garoto que não se relacionava com as pessoas, principal característica do autismo, já brinca com as demais crianças e com os animais como se não tivesse qualquer distúrbio psicológico.


“Foi amor à primeira vista. Como ela passou muito tempo na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), ela não teve contato com nada, nem ninguém. Tinha dificuldade de andar, de falar e de pegar nas coisas. Mas, depois de conviver com os cães, ela interagiu bem”, contou a mãe de Vitória, Fabiana Dias da Silva, que sempre leva a menina para encontrar com os amigos de quatro patas quando há atividade no hospital.
Os avanços de Vitória após quase um ano de início da cinoterapia foram tão expressivos que a menina ganhou um labrador.
“Ela começou a terapia em junho do ano passado. Hoje ela ganhou um cachorro porque nós entendemos que é o melhor para ela”, ressaltou Fabiana.
Autismo
Já no caso do pequeno Jonatas, o autismo sempre foi uma barreira para que ele fizesse amigos ou interagisse com as outras pessoas.
No entanto, desde o ano passado, quando começou a brincar com os Cães Doutores, o menino já mostra a quebra de barreiras como o toque.
Entre puxões de orelha e rabo dos cachorros, o pequenininho pega os médicos e voluntários pelo braço e pede ajuda para “fazer cavalinho” nos amigos peludos.


“Já faz três anos que ele (Jonatas) vinha pro Barão de Lucena para o acompanhamento psicológico e há um ano que ele brinca com os cachorros. Hoje mesmo, ele estava chorando muito logo cedo, mas, quando ele viu os Cães Doutores. tudo parou e ele foi encontrar com eles”, lembrou Josiano de Castro, pai do menino.
A vista de Páscoa dos Cães Doutores, levou ovos e alegria para as crianças no dia 15, 5 dias antes da Páscoa.
Com informações do NE 10.

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