Homem salva 2 mil de cães da morte todo ano: viaja 6 mil km

Foto: AP Photo/Chris Croo
Um homem salva todo ano da eutanásia mais de 2.000 cães abandonados em abrigos.
Duas vezes por mês ele viaja mais de 6.000 Km – cerca de cinco dias de estrada – só para resgatar dezenas de animais, que depois são entregues a novos lares e novas famílias.
As aventuras de Greg Mahle, de 51 anos, começam e terminam em Ohio, onde reside.
E é tanto trabalho que ele criou uma empresa para fazer o serviço, Rescue Road Trips.
Os 80 animais que ele salva por viagem estão prestes a ser abatidos por falta de espaço nos canis.
Essas casas esperam apenas alguns dias antes de recorrer à eutanásia, como forma de resposta ao abandono dos cachorrinhos.
A maior parte dos cães salvos pelo norte-americano são deixados depois com famílias do norte dos EUA, onde há menos animais abandonados graças a uma política mais enraizada de esterilização, que praticamente não existe no sul, onde os abrigos estão constantemente cheios.
Ajuda
Durante cada percurso, Mahle conta com a colaboração de centenas de voluntários e amantes de animais que ajudam a alimentá-los, dar água, passear, e brincar com eles para tornar a viagem mais agradável.
“Vemos o pior das pessoas e as piores das situações no início, quando vamos buscar os cães”, disse Mahle, à Associated Press.
“Porém, quando chegamos a New England (no norte do país), temos pessoas que choram por estes animais, animais que nunca tiveram quem chorasse por eles”, congratula-se o responsável pela organização.
Segundo Mahle, estes são cães “de quem nunca ninguém quis saber e que foram largados como lixo, na rua e que se tornam uma parte preciosa de uma nova família”.
42 voltas ao mundo
Em média, o serviço de transporte dos animais até ao seu novo lar custa cerca de 185 dólares, cerca de 410 reais, entre combustível, manutenção e alimento para os cães durante as viagens, além da esterilização do caminhão.
Apesar de lamentar a impossibilidade de salvar todos os cães que gostaria, Greg Mahle garante que o trabalho ao qual se dedica é muito recompensador e que vale a pena, por todos aqueles que ganham o direito a uma nova vida.
“É como conduzir um caminhão cheio de vencedores da loteria. É possível ver (a alegria) nos olhos deles e na forma como se comportam. Sabem que algo de bom lhes vai acontecer”, acredita o norte-americano.
Desde que a associação Rescue Road Trips começou, há cerca de uma década, Mahle percorreu já uma distância equivalente a 42 voltas ao mundo dentro dos EUA.
Com informações do Boas Notícias