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Meriem está livre, comemora Anistia Internacional

Rinaldo de Oliveira
27 / 06 / 2014 às 00 : 00

Foto: Anistia Internacional
A pressão foi mais forte e a Anistia Internacional comemorou a libertação de Meriam Yehya Ibrahim.
A sudanesa cristã tinha sido condenada à morte por enforcamento, pelo crime de apostasia (trair, abandonar e negar a fé ao Islã), e à flagelação, pelo crime de adultério, como mostramos no SóNotíciaBoa – releia aqui.

Ela foi libertada na última segunda-feira, 23, da prisão feminina de Omdurman, depois de o tribunal de recursos a ter considerado inocente das duas acusações.

Mas Meriem foi detida de novo na terça (24), enquanto tentava deixar o país, no aeroporto de Cartum, com o seu marido e os dois filhos.

Desta vez, Meriem foi acusada de apresentar documentos falsos e fornecer informações erradas ao tentar sair do país.

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Segundo a Reuters, Meriam foi solta nesta quinta-feira, 26,  com a condição de que continue no Sudão.

A sudanesa cristã, de 27 anos,  buscou abrigo na embaixada americana na mesma cidade, informou seu advogado.

“Ela está na embaixada americana neste momento”, declarou o advogado Muhanad Mustafa à AFP.

“A decisão (da libertação) é um pequeno passo para resolver a injustiça de que Meriam foi vítima,” afirmou Sarah Jackson, Diretora Regional Adjunta da Anistia Internacional.

“Contudo, ela nunca deveria ter sido acusada. Meriam foi condenada à morte quando se encontrava grávida de oito meses por algo que não deveria ser crime. O tratamento a que foi sujeita, incluindo permanecer acorrentada, viola a legislação internacional de direitos humanos.”

O caso de Meriam mobilizou mais de um milhão de membros, apoiadores e ativistas da Anistia Internacional pedindo a sua libertação imediata e incondicional.

“A Anistia Internacional quer prestar homenagem a todos os que contribuíram para esta tão grande demonstração de apoio,” disse Sarah Jackson.

“A Anistia Internacional vai continuar a exigir que as autoridades sudanesas retirem da lei as provisões que criminalizam atos de apostasia e adultério, para que mais ninguém tenha que passar pela mesma situação que passou Meriam e que estabeleça uma moratória às execuções como primeiro passo no sentido da abolição da pena de morte.

Com informações da Anistia Internacional e G1

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