Campanha de medula óssea por etnia surpreende

Foto: Daniel Ferreira/CB/DAPress
Uma ativista social lançou uma campanha on-line para buscar de doador de medula óssea e ficou surpresa com a repercussão.
Há 2 meses Fabiana Ikeda, de 39 anos, foi diagnosticada com leucemia linfóide aguda (LLA), câncer que atinge as células-tronco. Sua única esperança é o transplante de medula óssea por meio de um doador compatível.
Como é neta de japoneses, ela tem dificuldade para encontrar alguém compatível.
Dos 3,5 milhões de doadores no Brasil, inscritos no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), apenas 3,44% são orientais ou descendentes, somando 117,3 mil pessoas.
A servidora pública está internada em um hospital de Brasília, onde começou as sessões de quimioterapia.
“Queremos, por meio da nossa história, estimular a doação com relação às questões de etnia. A ideia é que as pessoas tenham conhecimento do processo e saibam que existe uma necessidade de doadores no sistema. A campanha não abrange apenas a minha esposa, mas todos os que precisam fazer um transplante imediato”, comenta Daniel.
Apoio
Além da campanha para aumentar o número de doadores, ela pensa em montar uma ONG para incentivar a doação de medula óssea para etnias com dificuldades para encontrar cadastros compatíveis, como japoneses, indígenas e quilombolas.
“A campanha tem dado muita repercussão nas redes sociais. Venho recebendo muitas mensagens de apoio de gente daqui do Brasil e até de fora. Até quando calculamos, as redes sociais tinham reunido mais de 400 mil internautas”, comemora.
Familiares
O pai de Fabiana não pode se apresentar em virtude da idade. E o irmão se mostrou incompatível para a doação.
Apesar de não ser uma doença hereditária, a mãe dela morreu há três anos por causa da LLA.
“Quando comecei a ter os sintomas, pensei em estresse, mas, depois, lembrei como foi com a minha mãe e fiquei com medo de ser a mesma doença.”
Pela doença estar em estado agudo, Fabiana tem prioridade na lista de espera da doação de medula óssea.
“Isso tudo mostrou uma nova forma de ver a vida. É emocionante a aproximação das pessoas na tentativa de me ajudar. Elas não sabe quem eu sou, mas estão contribuindo. É bom saber que tem gente que se preocupa. Passei a ver o mundo com mais esperança”, comenta, emocionada.
“Você pode salvar Fabiana Ikeda” está presente nas redes sociais e em uma página da web (www.fabianaikeda.com).
A ação chama a atenção para a importância de as pessoas se registrarem para doar a medula óssea.
Prioridade
Pela doença estar em estado agudo, Fabiana tem prioridade na lista de espera da doação de medula óssea.
“Isso tudo mostrou uma nova forma de ver a vida. É emocionante a aproximação das pessoas na tentativa de me ajudar. Elas não sabe quem eu sou, mas estão contribuindo. É bom saber que tem gente que se preocupa. Passei a ver o mundo com mais esperança”, comenta, emocionada.
Como doar
Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde pode doar medula óssea
É colhida uma pequena amostra de sangue (de 5ml a 10 ml) e realizado um cadastro com os dados pessoais
É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador no momento exato
Caso o seu DNA seja compatível com outro receptor, o doador é convidado a fazer uma breve avaliação de saúde e a realizar o procedimento
A doação se faz em um centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por, no mínimo, 24 horas
Onde doar
Fundação Hemocentro de Brasília, Setor Médico Hospitalar Norte, Quadra 3, Bloco A, 1º andar
Telefone: (61) 3327-4447
Acesse:
A página da Fabiana Ikeda na internet.
E aqui a página dela no Facebook
Com informações do Correio Braziliense