Menino pede ao Papai Noel: voltar a enxergar

Foto:Gustavo Moreno/ CB /D.APress
O adolescente David Oliveira, de 14 anos, escreveu para o Papai Noel pedindo um presente incomum: o menino pediu para voltar a enxergar.
A história de David tocou o coração de muitos leitores do Correio Braziliense, depois que o caso dele foi mostrado em uma reportagem, na semana passada.
O Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB) informou que dará ao rapaz o tratamento que ele precisa.
David, que é morador do Recanto das Emas, a 35 km de Brasília, também conseguiu um emprego como Menor Aprendiz, depois que a reportagem foi publicada.
E a mãe, Francinete Oliveira, recebeu proposta de uma empresa para exercer o cargo de auxiliar de serviços gerais.
História
David sofre com uma doença na córnea chamada ceratocone e não tinha condições de cumprir tarefas básicas, como pegar um ônibus, ler o que os professores escreviam no quadro e desenhar o que tanto ama sem colar o rosto no papel.
Precisava de uma lente especial para ter qualidade de vida, até que conseguisse um transplante de córnea.
A lente custa R$ 1,2 mil e a mãe não podia pagar.
Por isso, ele dizia na carta endereçada ao Bom Velhinho: “Sou muito esforçado em casa e na escola, minha mãe me elogia muito. Mas o que eu queria, se for possível, é uma cirurgia de córnea, pois estou com baixo rendimento no estudo e perdi uma oportunidade de trabalhar no Jovem Menor Aprendiz”.
Em entrevista do Correio Braziliense, David confessou que não esperava conseguir tudo isso quando escreveu a cartinha para o Papai Noel.
“Era só um desabafo, mas, depois, um monte de gente veio falar comigo, me ajudar e vi que era sério”.
O menino diz que agora está feliz”.
“Vou voltar a enxergar. Depois de passar por muitos médicos que só diziam: “É, você tem problema de vista”, fui a um que me deu a solução. Consegui ainda um emprego de Menor Aprendiz em uma fábrica. E um artista quer falar comigo, ver os meus desenhos. Ele é profissional, professor de faculdade. Quero ser desenhista quando me formar, fazer quadros, caricaturas, desenhos, filmes, muitos desenhos. Isso vai me ajudar.”
“Vou poder sentar em qualquer cadeira na sala de aula e não terei de ficar grudado no quadro. Vou pegar ônibus sozinho e enxergar até as letras pequenas”, comemora.
Com informações do Correio Braziliense