EUA e Cuba se aproximam após 50 anos

Foto: Reprodução TV/BBC
EUA e Cuba iniciaram nesta quarta-feira diálogos históricos de aproximação, após cinco décadas de distanciamento.
O prisioneiro americano Alan Gross (acima) foi libertado por Cuba, em troca de três prisioneiros cubanos presos na Flórida por espionagem.
Barack Obama e Raúl Castro fizeram discursos simultâneos a respeito.
Entre as medidas anunciadas, estão a abertura de uma embaixada americana em Havana, o aumento das relações comerciais e das remessas que podem ser enviadas a Cuba, mais facilidades para viagens à ilha e a libertação, por parte de Cuba, de 53 prisioneiros.
O Papa Francisco foi um dos responsáveis pela reaproximação depois de encontro com Obama em maio deste ano.
“O isolamento fracassou. É hora de uma nova abordagem”, disse Obama em um discurso na Casa Branca.
“Estou ansioso para engajar o Congresso em um debate sério e honesto (sobre o fim do embargo).
Um comércio intensificado é bom para os americanos e para os cubanos.”
“Através dessas mudanças, queremos criar mais oportunidades para americanos e cubanos e começar um novo capítulo nas Américas”, acrescentou o presidente americano.
Raúl Castro, por sua vez, disse, em Havana, que “os progressos alcançados demonstram que é possível encontrar solução para muitos problemas…devemos aprender a arte de conviver de forma civilizada com nossas diferenças”.
“Isso não quer dizer que o principal foi resolvido. O bloqueio econômico, comercial e financeiro que provoca enormes danos humanos e econômicos tem que acabar”.
O embargo sobre Cuba ainda é mantido, porque seu fim depende de aprovação do Congresso americano.
Com informações da BBC.