Brasileiro está no mundial de Saltos em Penhasco

Fotos: Arquivo pessoal do atleta e Divulgação/RedBull
O Parense Jucelino Alves será o primeiro atleta do Brasil a participar de todas as 8 etapas do Red Bull Cliff Diving, o campeonato mundial de Salto de Penhasco, entre os homens.
Depois de desistir dos saltos ornamentais ‘pela falta de suporte’ e de abrir mão de seu trabalho no circo como acrobata para se dedicar ao esporte, Jucelino começa colher os frutos de sua aposta.
Oficializada pela Federação Internacional de Natação (Fina) como uma de suas modalidades no fim de 2014, o Salto de Penhasco pode fazer parte do programa da Olimpíada de 2020, em Tóquio.
Já existem negociações para tentar emplacar o esporte ao lado de outros mais conhecidos, como a natação, o polo aquático, os saltos ornamentais e o nado sincronizado.
Jucelino teve seu primeiro contato com o esporte em 2006, quando deixou o Brasil para fazer apresentações circenses pulando de torres com altura de até 25 metros.
“Depois comecei a pesquisar e descobri que na Europa existiam competições de salto de penhasco, onde eram executados três saltos para escolher o vencedor.”

Após quase 10 anos de experiência nos grandes saltos, e tendo participado de três etapas do Mundial através de convite, o brasileiro já mira grandes nomes do esporte, como o inglês tetracampeão consecutivo Gary Hunt e o russo Artem Silchenko.
“É possível superá-los. Acredito que a sequência de competições que eu vou ter, somada à disciplina e à dedicação, vão me colocar no pódio.”
Juscelino conhece sete dos oito locais onde vão ocorrer as provas do Mundial e classifica o salto da Torre de São Nicolau, no porto de La Rochelle, na França, como o mais perigoso.
“É a etapa mais alta do Mundial, com 28,5 metros. Fora isso, o vento lá chega aos 105 km/h e a água também é super fria.”
O atleta conhece os perigos de São Nicolau por experiência própria. Ao tentar usar técnicas das apresentações do circo ao entrar na água, Juscelino acabou tendo uma séria lesão, que o afastou das competições por sete meses.
“Os shows em circos são feitos de torres com 23 a 25 metros de altura e uma piscina de 2,70 a 3 metros de profundidade. Nesses eventos, os saltadores utilizam uma técnica para cortar a velocidade da queda no espaço da piscina. Quando fui convidado pela primeira vez para saltar na França, acabei tendo um estiramento nos ligamentos dos dois joelhos.”
Com informações do Estadão