Avião para fazer caridade: vaquinha na web

Foto: Projeto Amélia
Um homem vai dormir 2 meses em aeroportos de diferentes países para angariar dinheiro para comprar um avião, que fará missões humanitárias.
O desafio do produtor de teatro português Fernando Pinho faz parte do lançamento do Projeto Amélia, uma nova organização de solidariedade que pretende colocar à disposição de outras instituições de beneficência um jato para levar equipes e necessitados, gratuitamente, a locais na Europa, África e Médio Oriente.
A intenção é poder transportar equipes de emergência, médicos, enfermeiros, pessoas em regiões atingidas por desastres naturais, pobreza ou doenças graves para tratamento médico não-urgente.
O avião poderá também transportar pessoas em estado terminal para realizar os seus sonhos, como é o caso da primeira missão, marcada para julho: levar crianças em estado avançado de câncer à Disneylândia de Paris.
A ideia
Fernando Pinho contou à Agência Lusa que tudo começou quando o seu irmão, com 12 anos, foi diagnosticado com Leucemia, e na época o produtor teatral liderou uma campanha para angariar doadores de medula óssea.
Recentemente, a paternidade fez com que Fernando sentisse a necessidade de se dedicar a causas importantes, ao mesmo tempo que cultiva a paixão pela aviação: o nome do projeto terá o nome da filha Amélia, inspirado na primeira mulher aeronauta a atravessar o atlântico.
Economia
Fernando Pinho acredita que o avião vai poupar às organizações milhares de libras que podem ser investidas diretamente nas suas causas.
Para atingir a meta, o português precisa angariar até 03 de maio 50 mil euros, 150 mil reais, que servirão para comprar as três primeiras missões.
Até 2017 ele quer conseguir perto de 4 milhões de euros para adquirir um Pilatus PC-12, aeronave com características especiais, usada pela Cruz Vermelha e pela a Força Aérea dos EUA.
“Desde muito cedo, decidimos que o The Amélia Project seria um projeto aberto a quem quisesse fazer parte dele. O Crowdfunding – espécie de vaquinha pela internet – permite mais do que angariação de fundos, permite criar uma comunidade em volta de uma causa”, disse o português à Lusa.
Meta
Para divulgar a mensagem, o português vai viver durante 60 dias em 60 aeroportos diferentes em mais de 30 países, só podendo voar para outro país se a campanha atingir uma meta diária de angariação de fundos.
Ele levará apenas uma mala, na qual terá um tablet, que usará para se comunicar com o público através das redes sociais, um telefone, cobertor e tampões para os ouvidos, restando pouco espaço para vestuário.
“Lá terei de lavar roupa nos banheiros”, promete.
Com informações do Zap aeiou
Matéria sugerida por Karen Gekker