Povo unido barra destruição de área preservada

Foto: WikiMediaCommons
Depois de um abaixo-assinado, a construtora Cyrela suspendeu um projeto em área de preservação em São Paulo.
Um condomínio projetado pela construtora seria construído ao lado do Parque Burle Marx.
1034 árvores nativas seriam cortadas em área de várzea do Rio Pinheiros
Após pressão do Ministério Público Federal (MPF) e de moradores que conseguiram organizar um abaixo-assinado com 24 mil apoiadores, a Cyrela congelou o projeto do Panamby, zona sul de São Paulo.
Obtida com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, a carta da direção da Cyrela que informa a saída do projeto foi encaminhada para o Fundo de Investimentos Imobiliários Panamby.
Os outros dois parceiros do projeto, a Brookfield e a Camargo Corrêa, ainda tentam licenças no governo municipal para viabilizar novos prédios no terreno de 717 mil metros quadrados quase às margens do Rio Pinheiros, o único ainda com mata fechada na região.
Na carta de desistência, a Cyrela admite que a pressão de moradores do Panamby obrigou a construtora a tomar a decisão.
“O acirramento de posições tem evidenciado que não há possibilidade de serem solucionados os atos de resistência em via amigável. Pelo contrário. Eis que recentes e notórias notícias relacionadas com projetos de outros empreendedores na mesma região denotam que há possibilidade real de o caso ser objeto de demandas judiciais que fazem com que não se tenha qualquer perspectiva de solução desses assuntos em médio e/ou mesmo longo prazo”, informa a empresa.
História
A articulação dos moradores da região do Panamby contra o projeto das construtoras teve início em fevereiro de 2014.
Vizinhos do terreno ao lado do Parque Burle Marx perceberam que a área estava sendo desmatada durante a madrugada, no fim de 2013, e denunciaram o caso ao Ministério Público Federal.
Após seis meses de investigações, peritos do MPF constataram o crime ambiental no terreno.
O Ministério Público Federal pediu à Justiça que as construtoras fossem autuadas em R$ 164 milhões por crime ambiental, em setembro do ano passado.
As construtoras negam terem sido autoras do desmatamento.
Acionada pela Promotoria, a Cetesb fez nova vistoria no terreno e o reclassificou como “área de preservação permanente” em outubro.
Nota
O jornal O Estado de S. Paulo procurou oficialmente a Cyrela, que admitiu que “a Prefeitura de São Paulo indeferiu um dos projetos propostos para a área ao lado do Parque Burle Marx”.
“Por este motivo, a Cyrela informou ao Fundo Panamby, proprietário da área, que não vislumbra possibilidade de aprovação do pretendido projeto. Cyrela e Fundo avaliam as medidas cabíveis em face do quadro atual de aprovações.”
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

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