Casal combate a fome e provoca corrente do bem

Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa
Se tem gente que olha e finge não enxergar moradores de rua, também tem gente solidária, com iniciativa, que arregaça as mangas e vai fazer a diferença.
O casal Joelma e Silvio Zequinão começou preparando em casa 20 quentinhas e entregando no próprio carro da família, para os sem-teto de São José dos Pinhais e Curitiba, no Paraná.
No cardápio, arroz, feijão, macarrão, salsicha no molho e suco natural, mais o carinho e atenção para ouvir o que os beneficiados tinham a falar.
Isso foi em janeiro deste ano. No mês seguinte a corrente do bem começou a crescer e com a ajuda de voluntários, o casal entregou 3 vezes mais: 60 marmitas, sempre um sábado por mês.
Em entrevista ao SóNotíciaBoa Silvio Zequinão contou que há 3 meses as entregas do Vida no Prato acontecem a cada 15 dias e o número de refeições distribuídas agora subiu para a média de 100, a cada visita.
“Graças a Deus já estamos realizando entregas dois domingos por mês, passamos para domingo porque nesse dia os moradores de rua tem menos opções de busca de alimento, porque os locais fecham no domingo a noite”, revelou.
Corrente do Bem
Com tanta comida para fazer e entregar, logo apareceu mais ajuda. O número de colaboradores ativos subiu de 2 para cerca de 20. Todas pessoas que viram a boa ação e decidiram participar também.
Uma senhora emprestou um espaço maior, da APMIF – Associação de Proteção à Maternidade Infância e Família – para o preparo das refeições.
“É uma estrutura grande e temos tudo o que precisamos: fogão industrial, panelas…”
Assim o projeto vai crescendo, contagiando mais colaboradores e alimentando mais bocas.
Doações
O Vida no Prato vive de doações de alimentos não perecíveis, de amigos, parentes e seguidores no Facebook.
“Temos uma tesoureira que presta contas de recebimentos e gastos, em nossas reuniões mensais”, explica.
Além das entregas a cada 15 dias, programadas até o final do ano, o grupo prepara uma supresa: fará “um jantar especial no dia 25 de dezembro” para os moradores de rua.
A ideia
A ideia do Vida no Prato surgiu durante a ceia de Natal de Joelma e Silvio Zequinão no ano passado. O casal conversava sobre iniciativas de doações a pessoas carentes, que aumentam bastante naquela época.
“Foi então que pensamos, ‘no resto do ano ninguém come?’. Há muito tempo eu tinha vontade de fazer alguma coisa assim, mas não tive iniciativa antes”, conta Joelma, 48, que trabalha como confeiteira.
Hoje, com o projeto estruturado, eles querem mais.
“Muitos acreditam que voltamos das entregas realizados, mas voltamos sabendo que temos muito mais a fazer, que atendemos apenas uma pequena parte das pessoas que moram nas ruas”, lamenta Joelma.
Conversa
A necessidade que os moradores de rua têm de falar com os voluntários também chamou a atenção de Silvio e Joelma.
“Na maioria das vezes eles querem conversar e nós não saímos para julgar ninguém. O que a pessoa quiser falar, a gente ouve”, revela Silvio, que se emociona ao lembrar de um dos garotos atendidos que, em silêncio, comeu a refeição ao mesmo tempo em que chorava. “É muito emocionante”, comentou.
“Não podemos ficar na dependência do governo. Não é missão religiosa, nem nada. É questão de ajudar, de solidariedade”. “A boa vontade” é fundamental, afirma Joelma.
Ajuda
O Projeto aceita doações de alimentos e voluntários. Acesse a página do VidaNoPrato no Facebook para ajudar.
Com informações da TribunaDoParaná e SóNotíciaBoa

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