Funcionários raspam a cabeça em apoio a colega com câncer

Um gesto de solidariedade entre colegas de trabalho.
Mais de vinte funcionários de uma loja agropecuária de Jaru – a 290 km de Porto Velho (RO) – fizeram uma surpresa para uma das vendedoras, que está com um tipo agressivo de câncer.
Todos apareceram para trabalhar carecas, no último dia 28, em apoio a Lorena Trevisan Vidigal, de 29 anos, que está fazendo quimioterapia e precisou raspar a cabeça.
Foi uma força extra dada pelos colegas para Lorena lutar contra a doença.
“Ela sempre foi muito querida por todos nós, e mesmo após a perca do cabelo, ela continuou prestativa e alegre com todos. Durante este convívio, os funcionários se reuniram para discutir a ideia com o gesto de solidariedade a ela e, ao final do expediente de quinta-feira, eles começaram a raspar as cabeças”, conta.
Ao chegar no outro dia na loja Lorena encontrou os colegas com a cabeça raspada e ficou extremamente emocionada.
“Foi um sentimento de gratidão enorme. Não tenho palavras para agradecer a este grande gesto de carinho. Mas tive a certeza que não tenho apenas colegas de trabalho e sim grandes amigos que são como parte da minha família”, diz Lorena.

História
Há menos de um ano, Lorena descobriu um tumor benigno no colo do útero, que foi retirado após uma cirurgia.
Depois de realizar uma segunda carga de exames, há 6 meses, foi constatado um tumor maligno entre a coluna vertebral e o rim, perto da medula óssea, o que impede uma cirurgia para retirada do nódulo.
Lorena teve que cortar os cabelos.
“Foi um choque muito grande, pois sempre tive o cabelo comprido e assim que iniciaram os efeitos da quimioterapia eu cortei o cabelo e o deixei em tamanho médio. Depois que passei pela segunda sessão, onde os efeitos foram mais fortes tive que raspar a cabeça, pois todos os fios já estavam caindo”, contou Lorena ao G1.
Forte, ela decidiu continuar trabalhado.
“Se eu me ausentasse do trabalho, a minha mente ficaria inativa e desta forma ficaria bem mais abalada e ressentida com toda a situação do tratamento. Acredito que tomei a decisão certa”, enfatiza.
Lorena ainda passará por outras quatro sessões de quimioterapia para concluir o tratamento, mas apesar de todo sofrimento em consequência da doença, ela percebeu que em hipótese alguma estará enfrentando esta batalha sozinha.
Com informações do G1