Idoso fortalece as pernas catando latinhas para ajudar carentes

Um idoso que precisava caminhar, por ordem médica, decidiu usar seus passeios para ajudar a ele próprio e também a quem precisa.
Seu José Calixto, de 89 anos, passou a recolher latinhas nas ruas, vendê-las e reverter o dinheiro em cestas básicas para famílias carentes de Vila Velha, no Espírito Santo.
A ideia surgiu há 5 anos, quando ele foi ao médico, pela falta de mobilidade, e o doutor pediu que o idoso se exercitasse para fortalecer a musculatura. Do contrário acabaria numa cadeira de rodas.
Seu José começou então a sair todas às noites de casa pra recolher latinhas, enquanto caminhava no entorno de sua casa.
“Em seguida eu estava com um tanto delas em casa, e tive que achar uma forma de dar um fim àquilo”, disse ao G1, se referindo à ideia que teve de vendê-las.
“Ai eu pensei que se eu as vendesse, conseguiria dinheiro e poderia transformar esse valor em uma boa ação. Então, comecei a comprar arroz, feijão, e dava para quem eu sabia que precisava”, relembra.
A recompensa
Hoje, Calixto confessa que a recompensa é ver o sorriso, principalmente das crianças, no rosto de quem recebe as doações.
“É impagável. E é muito triste saber que tem gente passando fome. Poder mudar um pouco essa realidade é transformador para mim”, detalha.
Seu Calixto, como é chamado, mora com uma filha, que também o ajuda com as tarefas diárias.
“Ela cuida de mim, e acha muito legal o trabalho que faço. Ela só fica preocupada com algo que possa acontecer comigo, já que eu só saio para recolher as latinhas à noite. Eu não saio de casa sem fazer minhas orações”, diz.
Como
Quando vai recolher as latinhas, seu Calixto passa por mais de 40 lugares diferentes, em Vila Velha, com um carrinho parecido com aqueles de supermercado.
Ele usa o carrinho para se apoiar durante a caminhada.
“Não consigo andar por muito tempo, minhas pernas já não respondem mais como antes. Mas eu não vou parar”, avisa, entusiasmado.
Meia tonelada
Seu Calixto já chegou a juntar meia tonelada de latinhas.
Ele conta que hoje vende o montante de dois em dois meses.
“Eu não consigo um volume bom todo mês, então chamo a empresa responsável dando um intervalo de uns 60 dias e consigo tirar cerca de R$ 600 a R$ 700”, complementa.
Com o dinheiro, ele compra cestas básicas.
Das cestas que consegue adquirir, duas ele dá à igreja que frequenta, em Itapuã, bairro de Vila Velha.
As outras, ele divide entre famílias que realmente sabe que precisam de comida.
“Antes de dar as doações eu faço questão de conhecer quem é que vai ter as cestas”, esclarece.
E nessa crise financeira que o país atravessa, não são apenas moradores de rua que ele ajuda.
“E olha, não é só família miserável e maltrapilha que eu ajudo. Já ajudei gente que já teve carro, que tem profissão. Mas você sabe, né? Todo mundo passa por situações complicadas de vez em quando, e todo mundo merece uma ajuda para se reerguer”, destaca.
Com informações da Gazeta On-Line

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