Susan Saradon revela generosidade de Paul Newman após 20 anos

Uma revelação feita esta semana mostra que o ator Paul Newman não foi apenas um dos homens mais bonitos da história do cinema. Ele também era generoso e há 20 anos já defendia e praticava a equiparação salarial entre homens e mulheres.
A atriz Susan Saradon contou que em 1998, Newman renunciou a uma parte do salário dele – nas filmagens de “Fugindo do passado” – para que a colega de elenco Susan Sarandon recebesse o mesmo valor que ele pelo trabalho.
A revelação foi feita pela atriz na última quinta-feira, 8, em entrevista à rádio BBC 5.
“Fugindo do passado” foi lançado em 1998 e tem um elenco protagonizado por três pessoas: Gene Hackman, Newman e Sarandon.
Saradon contou que na época os artistas trabalhavam com contrato “favoured nations”, cláusula que diz que todos os protagonistas do filme devem ganhar o mesmo que o ator com o salário mais alto.
Porem, durante a produção a atriz descobriu que a paridade salarial só era aplicada aos colegas homens, apesar do contrato e de ela ter a mesma carga de trabalho dos outros dois protagonistas.
“Ele [Paul Newman] deu um passo à frente e disse: ‘Bem, eu vou te dar parte do meu’. Ele era uma joia”, afirmou a Susan Sarandon sobre a atitude do amigo ao saber da diferença salarial.
deuA revelação veio à tona 10 anos após a morte do ator.
Sarandon, de 71 anos, está em Londres para a divulgação do seu mais recente projeto, um documentário sobre a atriz e inventora Hedy Lamarr (1914-2000) e faz parte dos movimentos #Me Too e #TimesUp.
Paul Newman
Ator, diretor e dublador, Paul Newman foi um dos grandes símbolos sexuais dos anos 1960.
Ele nasceu 1925 no subúrbio de Cleveland, no Estado americano de Ohio.
Em cerca de 50 anos de carreira, atuou em mais de 60 filmes e participou em 9 como diretor e produtor. Foi indicado 9 vezes ao Oscar.
A estréia na carreira cinematográfica aconteceu em 1954, com o filme “Cálice Sagrado”, mas o papel de destaque veio dois anos depois, em 1956, com “Marcado pela Sarjeta”, quando o ator foi aclamado pela crítica pela boa atuação.
Nos anos 50, se tornou o novo astro de Holywood e conseguiu recordes de bilheteria na década seguinte com os filmes “Desafio à Corrupção” (1961) “Criminosos Não Merecem Prêmio” e “O Indomado” (1963), “Rebeldia Indomável” e “Hombre” (1967).
Os anos 60 também foram marcados pela estréia de Newman como diretor de cinema. Em 1968, ele dirigiu a sua esposa Joanne Woodward no filme “Rachel, Rachel”, que ganhou o Globo de Ouro de melhor filme e foi indicado ao Oscar.
No final da década, ele atuou ao lado de Robert Redford no filme Butch Cassidy, traduzido como “Dois Homens e um Destino”. Parceria esta que ficaria famosa anos mais tarde no filme “Golpe de Mestre”, que ganhou o Oscar de melhor filme em 1973.
O Oscar de melhor ator veio em 1986 por sua atuação no filme “A Cor do Dinheiro”.
Newman ganhou um Oscar em 1993 em reconhecimento a sua atuação em causas humanitárias.
Também recebeu um Emmy em 2005 e um Globo de Ouro por sua aparição na série para televisão “Empire Falls”.
Após diminuir o ritmo das produções na década de 90, o astro ressurgiu em 2002, aos 77 anos, no filme “Estrada para a Perdição”, onde trabalhou ao lado de Tom Hanks e Daniel Graig. O longa lhe rendeu uma indicação ao Oscar como ator coadjuvante.
Em maio de 2008, já doente, o ator foi afastado da direção da peça “Of Mice and Men”, baseada no livro de John Sateinbeck.
Newman foi casado por oito anos com Jackie Witte, com quem teve duas filhas e um filho. Depois, casou-se com a atriz Joanne Woodward, com quem viveu por mais de 50 anos. Com ela, o ator teve mais três filhas.
Paul Newman morreu de câncer em 2008, aos 83 anos.
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