Brasileiro Marcelo Gleiser ganha “Oscar da espiritualidade” nos EUA

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Por Só Notícia Boa
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Marcelo Gleiser na premiação - Foto: reprodução/TV Globo

Pela primeira vez um brasileiro recebeu o Prêmio Templeton 2019, o “Oscar da espiritualidade”, que é dado a personalidades que contribuíram para afirmar a dimensão espiritual da vida.

O físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser é o primeiro latino-americano a vencer a premiação norte-americana, criada em 1972, e vai receber 1,1 milhão de libras esterlinas, o equivalente a R$ 5,5 milhões.

Na cerimônia de premiação na última quarta, 29, Gleiser disse: “precisamos ir além das divisões que têm sido problema real no mundo moderno. Precisamos nos unir”. Falou ainda que quer “dedicar os próximos anos e a honra do prêmio para criar o censo moral de que estamos juntos, que temos que salvar o planeta, a vida, e tudo o que temos.”

Espiritualidade

Mas o que um físico e astrônomo tem a ver com a espiritualidade?

A obra acadêmica Gleiser trata de números, gráficos e tabelas em busca de pistas que ajudem a desvendar a formação do universo, e expande a interpretação dessas evidências em busca da resposta à grande questão da humanidade: Afinal, quem somos?

“Mantenho a mente aberta para surpresas. Depende do que você chama de Deus. Tem gente que diz que é a natureza. Então, se Deus é a natureza, eu sou uma pessoa religiosa”, afirmou durante o evento.

O anúncio de que Gleiser receberia o premio deste ano foi feito em março, no mesmo dia em que o físico e astrônomo completava 60 anos, como mostrou o SóNotíciaBoa.

“A ciência é o caminho para entendermos o mistério da existência humana”, disse Marcelo Gleiser.

“É mais ou menos o que o paleontólogo faz: a partir de ossos de dinossauro, reconstrói o passado. Buscamos pistas no universo para reconstruir a história desde o Big Bang até hoje”, explica.

Para ele, ciência e espiritualidade são dois lados de uma moeda só.

“A ciência é a nossa metodologia mais poderosa para compreender o mundo natural. Mas, por outro lado, a ciência tem limite e oferece só um tipo de explicação”, diz.

“A gente sabe que só vê parte da realidade. Essa conexão com o mistério que nos cerca, para mim, é profundamente espiritual. Meu discurso tem todo um lado ecológico e social. Informa pela ciência, mas constrói uma nova moral do século 21 para salvar nosso planeta e nossa espécie”, concluiu.

Com informações do G1

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