Só quem é ciclista sabe das maravilhas que encontra pela frente nos passeios, principalmente os que se aventuram em trilhas no meio da natureza e em lugares distantes das grandes cidades.
Agora eles estão fotografando essas cenas do Brasil e postando em um novo perfil do Instagram, o CicloOlhar.
A página, criada este mês, tem mais de 300 fotos que mostram desde paisagens e cenas inusitadas até momentos de carinho, de amizade, de simplicidade, histórias de superação e solidariedade vistos ao longo dos percursos.
“Elas mostram uma cidade, até então escondida, desconhecida, paisagens urbanas e rurais que foram reveladas de forma orgânica graças à perspectiva, uma espécie de visão que nasce na ação de andar de bicicleta, o que denomino de Ciclo-Olhar”, disse o criador do perfil, Dado Galvão, em entrevista ao SóNotíciaBoa.
“É uma ação de ativismo que acontece em grupo e individualmente, sem fins lucrativos”, lembrou.
Como participar
Qualquer ciclista com um celular na mão pode participar.
É só postar a imagem no Instagram com a hashtag #CicloOlhar e um pequeno texto dizendo do que se trata e onde foi tirada, que a sugestão será avaliada pelo Dado, para enriquecer o perfil.
Por enquanto o CicloOlhar tem apenas fotos do interior da Bahia, mas a intenção é que ele abrigue imagens do Brasil inteiro.
A ideia
Com 37 anos de idade, sendo 5 como ativista ciclista, Dado é natural de Jequié, no interior da Bahia. O cineasta, com pós-gradução em Fotografia pela UNIARA, disse como teve a ideia:
“Eu já pedalava e passei a observar nos grupos de pedais locais, que é um hábito constante dos ciclistas utilizarem o celular para fazer muitas fotos nas rotas percorridas pelos grupos”, disse Dado Galvão em entrevista ao SóNotíciaBoa.
Ele explicou que as fotos eram compartilhadas em diversas redes diferentes, ou seja, não havia um local onde todas pudessem ser vistas juntas.
Superação
Durante um pedalada noturna, Dado conheceu a história de superação da pedagoga e cadeirante Andréa Correa, que também está no perfil CicloOlhar com sua Kit Livre, um acessório elétrico brasileiro que é anexado a uma cadeira de rodas.
Ela mora no município de Jequié, no centro-sul baiano e foi retratada no documentário ‘Rodas da Liberdade’, dirigido pelo cineasta.
“Nasci com uma deficiência chamada osteogênese imperfeita, caracterizada por ossos frágeis, conhecida como ossos de vidro. Desde criança, tive muita dificuldade de locomoção, não só por não conseguir andar, como também pelos problemas impostos pela própria deficiência. Devido à fragilidade óssea, era necessário muito cuidado para me locomover”, disse.
O documentário é uma reflexão sobre determinação, superação, coragem, inclusão, trânsito, mobilidade e bicicletas, claro!
Acesse o CicloOlhar aqui.
Veja algumas fotos postadas:
Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa
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