Brasileiros abrigam refugiados da Ucrânia em rede de solidariedade

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Por Monique de Carvalho
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Brasileiros criaram uma rede de solidariedade para ajudar refugiados ucranianos - Foto: Pixabay

Uma rede de solidariedade. Desde o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia, os brasileiros têm mostrado que a nossa solidariedade é capaz de ultrapassar qualquer fronteira.

Enquanto a guerra não chega ao fim, algumas pessoas que vivem por aqui e na Europa, têm oferecido moradia para os refugiados ucranianos.

A cidade de Prudentópolis foi uma das primeiras a se manifestar, no dia 24 de fevereiro. Em nota, a prefeitura do município, que tem a maior colônia de ucranianos no Brasil, disse estar de “portas abertas” para os imigrantes.

“Segue com as portas e com o coração aberto ao povo ucraniano como o fez há mais de cem anos, quando recebeu os primeiros imigrantes que aqui construíram sua história e influenciaram diretamente no modo de vida de nossa terra”, dizia a nota.

Curitiba também abriga

Em Curitiba, o artista plástico Marcos Silva, de 31 anos, também abrigou uma família que escapou da guerra. Ludmila, Darina e o filho, de 3 anos, chegaram sentindo o clima e o gosto do Brasil: o primeiro almoço foi uma feijoada.

Os ucranianos vão morar provisoriamente no apartamento do Marcos, que reservou quarto e banheiro só para os três.

“Eu desejo que tenham muita sorte. Acho que, no momento, é ter fé e sorte”, disse.

Abrigo também no exterior

E alguns brasileiros que vivem na Europa também abraçaram a rede de solidariedade, abrindo as portas de casa para os refugiados.

A escritora Viviane de Santana é um desses exemplos. Ela estava em uma estação de trem em Berlim, quando ouviu alguém pedir abrigo.

“Tinha uma mulher então que falou no alto-falante, se alguém tinha abrigo para um estudante por duas semanas. E eu levantei a mão”, disse a brasileira.

Ela saiu de lá junto com Sani, nigeriano, estudante de medicina na faculdade de Luhansk, na Ucrânia.

“Ficou tudo para trás. Falta apenas um ano para terminar a faculdade, mas agora não sei o que vai acontecer. Chegar em Berlim foi uma das melhores coisas que me aconteceu, porque eu tive o milagre de conhecer a Viviane”, relata o estudante.

Como ajudar

Do lado de cá, nós podemos ajudar de diferentes formas os refugiados e, até mesmo, as pessoas que decidiram não deixar a Ucrânia ou não puderam fazer isso.

A ACNUR é uma Agência da ONU para Refugiados. Eles protegem e oferecem toda a assistência que as famílias precisam neste momento crítico.

Segundo o órgão um total de 16 milhões de ucranianos precisarão de ajuda humanitária. Por isso, eles disponibilizaram uma página de doação para quem deseja enviar um valor para essas famílias.

As doações podem ser únicas ou recorrentes e são creditadas a partir de um cartão. Para doar, basta acessar este link.

Com informações de Jornal de Mato Grosso e Band