SOS Yanomami: Hospital de Campanha do Rio chega a Roraima esta semana

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Por Renata Giraldi
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A estrutura do Hospital de Campanha do Rio será enviada para Roraima para atender ao povo Yanomami - Foto: Marcos de Paula / Prefeitura do Rio

Finalmente o povo Yanomami terá acesso à saúde, com a ajuda do Hospital de Campanha, que vai esta semana do Rio para Roraima. A força-tarefa para salvar os indígenas ganhará reforço com o envio dos militares do Hospital de Campanha da Aeronáutica, com estrutura de atendimento para emergências e especialidades médicas específicas.

A previsão é de que o início da montagem do hospital de campanha comece nesta sexta-feira (27/01). O povo Yanomami terá ajuda depois do Ministério de Saúde decretar estado de emergência de saúde pública na território da etnia que reúne cerca de 30 mil pessoas.

Nesta quarta-feira (25/01) deve retornar uma equipe de especialistas do Ministério da Saúde para concluir, em até 15 dias, um levantamento completo sobre a situação de saúde dos indígenas Yanomami.

Profissionais de saúde 

O hospital de campanha contará com uma equipe multidisciplinar: médicos para atendimentos de clínica médica, ortopedia, cirurgia-geral, pediatria, radiologia, ginecologia e patologia, além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem.

Também terá aparelhos de raio-x e para a realização de ultrassonografias serão instalados no local, junto a uma farmácia e a um laboratório com capacidade de realizar alguns exames laboratoriais.

O hospital de campanha também contará com leitos de internação para pacientes ambulatoriais e estabilização de pacientes mais graves que precisem ser removidos para unidades de saúde mais complexas.

Outra medida é a transferência de equipamentos, material médico e profissionais da Operação Acolhida, que atende migrantes e refugiados venezuelanos, para a Casai. Este processo já começou.

Paralelamente, serão enviadas 5 mil cestas básicas e 200 latas de suplementos alimentares para crianças Yanomami. Os mantimentos vão ser entregues na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em Boa Vista para distribuição nos territórios.

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Diagnóstico

No sábado (14/01), foi anunciada uma força-tarefa entre entidades públicas, privadas e civis sem fins lucrativos para ajudar o povo Yanomami, que vive na fronteira com a Venezuela e é conhecido pelo vasto conhecimento por botânica.

Pelo menos 99 crianças Yanomami morreram por causa do o avanço do garimpo ilegal, de acordo com dados oficiais. Em parceria os ministérios da Saúde, Justiça e dos Povos Originários vai trabalhar para adotar medidas efetivas de ajuda para salvar os Yanomami.

De acordo com o Ministério da Justiça, crianças com menos de 4 anos que perderam a vida por desnutrição, pneumonia e diarreia. Outra 570 morreram por contaminação por mercúrio. Lamentavelmente, 11.530 indígenas Yanomami sofreram ainda por causa da malária.

Na terça-feira (14/01) a Força Aérea Brasileira (FAB) se juntou a organizações não-governamentais para levar comida aos Yanomami.  Foram distribuídas cerca de 2,5 toneladas de alimentos às famílias indígenas.

A ação ocorreu menos de uma semana depois de o governo anunciar a tragédia que atinge o povo Yanomami: a desnutrição, a contaminação por mercúrio e malária.

De acordo com a FAB, a ONG Ação da Cidadania reuniu 1.000 cestas básicas e garantiu o transporte até Boa Vista.

A FAB e ONG Ação Cidadania levaram 2,5 toneladas de comida às famílias Yanomami em Roraima - Foto: FAB / Twitter

A FAB e ONG Ação Cidadania levaram 2,5 toneladas de comida às famílias Yanomami em Roraima – Foto: FAB / Twitter

Com informações da FAB, do site do governo e da Agência Brasil