Trigêmeas se reencontram depois de serem separadas no nascimento

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Por Vitor Guerra
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As trigêmeas foram separadas no nascimento, mas depois de 11 anos se encontraram e viraram melhores amigas. Foto: Reprodução/SWNS.

Separadas no nascimento porque a mãe não tinha condições financeiras para mantê-las, essas trigêmeas cresceram e, agora se reencontram e são melhores amigas. As afinidades vão além das semelhanças físicas, surpreendendo ao trio a cada descoberta: gostos, estilos e modo de enxergar a vida. Incrível.

Rikki Jump, Julianne e Kendall Scavo, nasceram no dia 7 de junho de 1991, mas elas ficaram separadas por mais de 11 anos. Kathleen Jump, mãe das meninas, tinha uma condição financeira instável, e colocou duas das três filhas para adoção, Julianne e Kendall, que estavam viradas para o mesmo lado na barriga.

Adultas, as três se reencontraram, começaram a trocar cartas e o vínculo foi reestabelecido. Elas moram bem pertinho uma das outras, no Colorado, Estados Unidos. “Quando nós nos conhecemos, sentimos que nos conhecíamos desde sempre”, disse Rikki.

Separadas ainda criança

A gravidez é um momento mágico para mulheres, e para Kathleen não foi diferente. Quando descobriu que estava grávida, a mulher ficou muito feliz. A preocupação veio em seguida, ao perceber que esperava trigêmeas.

“Quando minha mãe engravidou, isso foi no início dos anos 90, então eles não fizeram tantos ultrassom como fazem agora”, explicou Rikki.

Kathleen é surda e trabalhava nos correios, já seu marido, Lee, era motorista de caminhão na época. Os dois sabiam que não poderiam criar três filhos de uma vez, e tomaram uma decisão muito difícil, era preciso entregar duas delas para adoção.

As escolhidas foram Julianne e Kendall, e a escolha não foi aleatória: as duas estavam voltadas para a mesma direção no ventre, indicando para a mãe que elas deveriam se manter juntas.

Cresceram sem saber

Das três, apenas Rikki cresceu sabendo que tinha outras duas irmãs.

Julianne e Kendall foram adotadas por um casal que morava próximo da filha, apenas 40 minutos de distância. Elas só ficaram sabendo quando completaram oito anos de idade.

A aproximação começou depois que Rikki e seus pais foram fazer compras em um supermercado bem próximo de onde residiam as irmãs.

“Quando tínhamos cerca de oito anos, fomos fazer compras perto de onde eles moravam”, uma garotinha veio até mim e pensou que eu era Julianne – era uma das minhas irmãs”, afirmou Rikki.

Troca de cartas

As trigêmeas, separadas no nascimento, estavam mais próximas do que imaginavam.
Rikki, Julianne e Kendall começaram a trocar cartas e o primeiro encontro aconteceu depois de uma tragédia.

Quando as trigêmeas tinham 10 anos, o pai de Rikki, Lee, faleceu, e ela e sua mãe estavam de mudança para ficarem mais próximos dos avós. Mas antes disso, a jovem tinha um desejo, ela queria conhecer pessoalmente as irmãs!

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O reencontro

A mãe não pode recusar, e as três iriam finalmente se conhecer. Tudo aconteceu em um shopping.

“Eu estava muito nervosa para conhecer Rikki, porque é uma situação única”, lembrou Kendall.

Tudo não poderia ter saído melhor, e a conexão foi tão grande entre elas que pareciam já se conhecer há tempo!

“Quando nos vimos no shopping, corremos e nos abraçamos e foi como se nos conhecêssemos desde sempre. Nós caminhávamos como se fossemos melhores amigas e parecia uma nova, ótima e excitante adição para nossas vidas e família”, comemorou Kendall.

Para a mãe, um sentimento de alívio.

“Foi mais significativo também para nossos pais, minha mãe sempre sofreu com muita culpa e vergonha pelo o que ela fez”, disse Rikki.

As trigêmeras, que foram separadas ainda no nascimento, agora seguem muito próximas. Parece que estão vivendo tudo que não viveram durante esses mais de 11 anos afastadas!

Inseminação

A história da família é repleta de reviravoltas. Depois que Lee faleceu, Kathleen contou para Rikki que o homem que a criou não era realmente seu pai.

Lee havia feito uma vasectomia antes de ter filhos, e o casal fez inseminação intra-uterina (IIU).

“Na época fiquei chateada e fui para o meu quarto processar, mas não fez diferença nenhuma para mim, meu pai era meu pai”, explicou Rikki.

Julianne e Rikki decidiram, depois de uma procura na internet, se encontrar com o pai biológico, mas Kendall não se sentia pronta.

“Não foi fácil, quando nos conhecemos ficou claro para gente que nós escolhemos nossa família, nossos pais são aqueles que nos criaram”, falou.

A decisão de colocar duas das três filhas para adoção não foi nada fácil, Kathleen sempre viveu com muita culpa. Foto: Reprodução/SWNS.

A decisão de colocar duas das três filhas para adoção não foi nada fácil, Kathleen sempre viveu com muita culpa. Foto: Reprodução/SWNS.

As três agora vivem coladas, e querem recuperar o tempo perdido. Foto: Reprodução/SWNS.

As três agora vivem coladas, e querem recuperar o tempo perdido. Foto: Reprodução/SWNS.

Com informações de New York Post