Junção de terapias, para câncer de ovário metastático, reduz tumores

Uma combinação de terapias, de mais e meio século, conseguiu a regressão do câncer de ovário nos testes laboratoriais pré-clínicos. A notícia boa vem dos cientistas do Instituto Wistar, organização sem fins lucrativos, na Filadélfia, nos EUA, que aperfeiçoaram uma antiga terapia.
A descoberta virou artigo científico publicado no The Journal of Experimental Medicine, em que os cientistas confirmam os bons resultados dessa terapia combinada.
O tratamento combinado é feito com beta-glucano, um ativador de células mieloides derivado de patógenos, e interferon-gama (IFNγ).
Grande chance de metástase
O câncer de colo de útero tem tendência a dar metástase por causa do fluido peritoneal na cavidade peritoneal — ao redor do estômago e dos intestinos. A região é naturalmente imunossupressora, o que limita a resposta do corpo a qualquer tumor.
À frente da pesquisa, Nan Zhang e os demais cientistas lembraram dos estudos final dos anos 1800 e início dos anos 1900, quando o cirurgião de Nova York William B. Coley alcançou uma taxa de cura maior que 10% para alguns tipos de câncer ao injetar patógenos mortos em pacientes.
Para os cientistas, o caminho seria ativar o sistema imunológico de células mieloides — as células abundantes na cavidade peritoneal — que, quando ativadas, podem montar uma resposta que mata o câncer.
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Testes promissores
Com base no novo conceito, a equipe de Zhang projetou uma abordagem que ativa as células mieloides dentro da cavidade peritoneal por meio de tratamento combinado com beta-glucano, um ativador de células mieloides derivado de patógenos, e interferon-gama (IFNγ).
Relatórios preliminares sugerem que a abordagem pode funcionar para reverter a imunossupressão ao redor dos tumores, levando a resultados positivos.
A reversão da doença foi considerada consistente mesmo nos casos mais resistentes à quimioterapia.
Regressão da doença
De acordo com o estudo, essa terapia “reduz tumores e melhora as taxas de sobrevivência, ao mesmo tempo em que torna os tumores mais receptivos ao tratamento de quimioterapia”.
“Nosso trabalho abriu a porta para um possível novo método de tratamento de um câncer particularmente agressivo”, disse Brennah Murphy, primeira autora do artigo.
“O câncer de ovário é famoso por resistir ao tratamento, mas mostramos — no nível pré-clínico — que nosso tratamento supera essa resistência”, acrescentou ela à GNN.
Incidência no mundo
O tumor de ovário é a segunda maior incidência de neoplasia (crescimento anormal e descontrolado de células em tecidos ou órgãos, resultando na formação de um tumor) ginecológica no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de colo do útero. Mas
No mundo, o desafio dos pesquisadores é buscar essa solução, uma vez que o câncer de ovário é o câncer ginecológico mais mortal, com baixas taxas de sobrevivência, resistente à quimioterapia.
Vai ciência!

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