Capinador de lotes é aprovado em Medicina na UFMS; estudava de madrugada

João Vitor Santos de Souza, de 26 anos, é o tipo do jovem que faz mil coisas ao mesmo tempo: roça lotes, é estoquista, pintor de parede, feirante e garçom, mas de madrugada estuda. Foi assim que esse capinador conseguiu, com muita dedicação, ser aprovado em medicina na UFSM, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Desde criança, João Vitor ajuda em casa. A mãe é faxineira e o pai cuidador de idosos, então ele se acostumou a trabalhar muito porque a família vivia com o dinheiro contado. Segundo o jovem, isso nunca foi um problema. Mas jamais deixou de lado sua prioridade.
“Eu estudava de madrugada, atravessava a cidade de bicicleta e por isso chegava cansado no trabalho. Acho que por conta disso não tinha um bom desempenho”, disse ele, cujo último emprego foi como estoquista de uma loja de peças.
Estudou sozinho
João Vitor não teve condições de fazer cursinho. Estudou sozinho, com mais dedicação nos últimos seis anos. Além de receber material de amigos e pessoas que conheciam sua determinação, lembra que um livro de Física que pegou em uma prateleira em um terminal de ônibus foi fundamental para chegar onde chegou.
João Vitor contou que fazia as refeições rapidamente para ter mais tempo para estudar. Também dormia pouco para ganhar umas horinhas a mais com os livros. De acordo com reportagem do Correio do Estado.
Uma coincidência marca a vida desse jovem. Em dezembro do ano passado, semanas antes de sair o resultado da UFSM, ele foi garçom na festa de formatura de uma turma de medicina. Desde a adolescência, queria ser médico. Agora, vai conseguir.
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Estudo on-line
O jovem disse que também estudou numa plataforma on-line, que pagava, em média R$ 35,00 por mês para ter acesso aos conteúdos oferecidos pelo educador conhecido como Jubilu, um professor de Biologia com 3,7 milhões de inscritos no Youtube.
João Vítor revelou que sua meta era estudar pelo menos cinco horas por dia. Mas, na prática, estudava de duas a três horas. Ao lado da namorada, que fez Direito na UFMS e quer ser defensora pública, aumentava a carga de estudos.
Apaixonado por leitura, o jovem acredita que foi aprovado também por causa da redação. Ele obteve nota 800.
A mãe Meire Santos, faxineira, é puro orgulho do filho. “Não é comigo que você deve falar, o mérito é todo dele”, disse.

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