Policiais ajudam idoso a recuperar 7 mil enviado por engano via Pix

Um gesto simples, mas de enorme valor. Um idoso de Unaí, em Minas Gerais, viveu momentos de aflição após transferir R$ 7 mil por engano via Pix. O dinheiro, que seria destinado a outro pagamento, acabou caindo na conta errada.
Desesperado, ele tentou contato com o destinatário e com o banco, sem sucesso. Foi então que decidiu procurar a Polícia Civil. E a notícia boa é que deu tudo certo!
Graças ao empenho dos policiais das delegacias de Unaí e Salinas, a história teve um final feliz. Eles localizaram a pessoa que recebeu o valor por engano e intermediaram a devolução. O valor foi restituído integralmente ao idoso.
Pequena dor de cabeça
O idoso só percebeu que havia cometido o engano depois que o valor já havia sido transferido. Ao verificar a chave Pix e notar que o destinatário estava errado, tentou resolver por conta própria.
Ele entrou em contato com o número usado na transferência, mas ninguém respondeu. A esperança de reverter o erro pelo banco também foi frustrada: a instituição disse que não poderia estornar o valor.
Sem alternativa, o homem procurou a delegacia de Unaí, onde relatou o ocorrido e apresentou os comprovantes da transação. Foi o primeiro passo para resolver o problema.
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Valor devolvido
Diante da denúncia, os policiais civis de Unaí entraram em contato com a equipe de Salinas, cidade onde mora o titular da conta que recebeu o dinheiro indevido. Com base nas informações da transação, os policiais conseguiram identificar e localizar o destinatário.
Ao ser informado do erro, o morador de Salinas não criou resistência: devolveu o valor total, sem contestar. A atitude foi elogiada pelos agentes envolvidos, que destacaram a importância da honestidade e da colaboração mútua entre as pessoas.
O que diz a lei
O delegado João Victor Pretone, responsável pelo caso, fez questão de esclarecer que situações como essa são mais comuns do que se imagina e que guardar um valor recebido por engano não é apenas errado, mas também crime.
“É importante frisar que se apropriar de valores transferidos por engano constitui crime, conforme previsto no artigo 169 do Código Penal. Quem recebe um valor indevido e não devolve pode responder criminalmente por apropriação indébita”, reforçou em entrevista ao G1.
O delegado ainda aconselha que, ao perceber um erro em uma transferência, a pessoa deve agir com rapidez: guardar os comprovantes, registrar boletim de ocorrência e levar todos os dados possíveis à delegacia mais próxima.
