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Gilberto Gil ajudou Preta Gil a ter “menos medo da morte” e ela contou como foi; vídeo

Rinaldo de Oliveira
21 / 07 / 2025 às 11 : 15
Gilberto Gil com Preta Gil. O pai ensinou a filha a ter menos medo da morte. - Foto: reprodução/Instagram
Gilberto Gil com Preta Gil. O pai ensinou a filha a ter menos medo da morte. - Foto: reprodução/Instagram

Com a passagem de Preta Gil, a gente se pergunta: como ter “menos medo da morte”, como ela falou? Mesmo porque o assunto ainda é um grande tabu. E Gilberto Gil despertou essa consciência na filha Preta Gil durante uma conversa com amor, sem dogmas e com serenidade, porque é a única certeza da vida e um dia vai acontecer com todos nós.

E foi a própria Preta quem contou isso durante entrevistas a Pedro Bial, na TV Globo e ao Roda Viva, da TV Cultura, em 2024.

“Se estiver sendo muito pesado para você e se for sua hora, aceite. Se deixa ir. É muito ruim viver com esse incômodo dessa forma que você está lutando”, disse Gil à filha na UTI do hospital, época em que ela passou por uma experiência de quase morte.

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Menos medo da morte

Preta Gil contou que a conversa com o pai foi um “divisor de águas” e fez com que ela tivesse menos medo do fim da vida. “Refletindo naquelas madrugadas muito difíceis na UTI, fui me conectando com a energia da morte, que é de vida também. Eu comecei a pensar, porque era uma realidade. Eu sempre tive fé (…). Te digo que mudou. Hoje tenho menos medo da morte”, afirmou a cantora no “Roda Viva”.

Preta lembrou que Gil sempre falou da morte, em músicas inclusive, como Se Eu Quiser Falar com Deus e “Não Tenha Medo da Morte”.

“Eu estava correndo risco de vida [após a septicemia], tava muito fragilizada e ele falava “se conecte com a natureza, a vida tem um fim, a finitude”. Ele falou um monte de coisa, que na hora eu não entendi. Mas de uma maneira muito poética, humana e afetiva, ele falou sobre eu encarar a morte, de que a finitude poderia estar chegando pra mim. E que eu não tivesse medo. Obviamente que eu fiquei apavorada, mas refletindo, eu fui me conectando com essa energia. A energia da morte é de vida também”, lembrou.

Leia mais sobre Preta Gil

Demorou para cair a ficha

No programa “Conversa com Bial” em 2024, Preta contou que demorou para “elaborar”, compreender o que Gil disse.

Mas, segundo ela, falar no assunto ajudou a superar a angústia de morrer.

“Não tenho mais aquela angústia. Mas a doença humaniza de verdade a morte, te aproxima muito da morte. E você faz uma desconstrução desse tabu”.

A doença e a morte

Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, vítima de um câncer do intestino.

A doença foi diagnosticada em 2023.

Em 2024, ela contou que encarava a morte com outro olhar depois do conselho do pai, Gilberto Gil.

No início do tratamento, Preta disse que passou por uma experiência de quase morte, após enfrentar uma sepse que a deixou muito debilitada.

Como outras culturas encaram a morte

A morte é um fenômeno natural, porém é vista de formas diferentes em cada cultura. Algumas a consideram como parte do ciclo natural da vida, com a passagem para um novo estado ou dimensão.

A celebração da memória dos falecidos é fundamental para manter viva a sua história e legado, por isso geralmente são feitos rituais fúnebres. Tem culturas que usam música, dança, comida e velas, para honrar os mortos e confortar os vivos.

Porém é inevitável a tristeza da partida e a fé e rituais específicos ajudam a consolar amigos e familiares.

A compreensão das diferentes perspectivas culturais sobre a morte ajuda a desmistificar o assunto e a encontrar formas menos pesadas e significativas de lidar com a finitude e o luto.

Cultura Japonesa:

No Japão, a morte é vista como um evento doloroso, mas também como uma oportunidade para fortalecer os laços familiares e lidar com as consequências emocionais e financeiras da perda.

Cultura Islâmica:

A morte é vista como uma vontade de Deus e aceita como parte do plano divino, buscando conforto na fé durante o luto.

Cultura Mexicana (Dia dos Mortos):

A morte é celebrada como uma festa, com altares coloridos, comida e música, acreditando que os espíritos dos falecidos retornam para visitar os vivos.

Cultura Judaica:

A tradição judaica envolve rituais como o rasgo da roupa e paradas no cortejo fúnebre, expressando a dor e a relutância em se separar do falecido.

Cultura Indiana (Cremação no Ganges):

A cremação no rio Ganges é um ritual que busca libertar o corpo da alma, permitindo que ela siga seu caminho.

Cultura Africana:

Algumas culturas africanas integram a morte com a natureza, aceitando-a naturalmente e celebrando-a como parte do ciclo vital.

Na UTI, Gilberto Gil ensinou Preta Gil a ter menos medo da morte. - Foto: Instagram
Na UTI, Gilberto Gil ensinou Preta Gil a ter menos medo da morte. – Foto: Instagram

Veja Preta falou sobre “menos medo da morte”, em entrevista dada ao Roda Viva:

 

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Agora um recorte da entrevista de Preta ao Pedro Bial:

@carasbrasilInternautas resgataram um trecho comovente da entrevista de Preta Gil a Pedro Bial, em que ela relembra um conselho do pai, Gilberto Gil, durante seu tratamento contra o câncer: “Se for sua hora, aceite. Se estiver pesado demais, se permita ir. É muito ruim viver em constante luta.” TV Globo

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