Novo teste de cocô detecta câncer de cólon com 90% de precisão

Veja o poder do cocô. Cientistas da Universidade de Genebra, na Suíça, desenvolveram um novo teste para detectar o câncer de cólon de forma simples, eficaz e indolor. O método analisa a microbiota intestinal em amostras de fezes com o auxílio da inteligência artificial e apresentou uma taxa de acerto de 90%, número muito próximo ao da colonoscopia, que atinge aproximadamente 94% de precisão.
A novidade pode representar uma revolução no rastreamento da doença, já que o exame é não invasivo, de baixo custo e tem potencial para ser aplicado em larga escala. Isso significa mais chances de identificar casos precocemente, o que aumenta consideravelmente as possibilidades de cura.
O estudo, publicado em setembro último na Science Daily, também abre caminho para que outras doenças possam ser diagnosticadas de forma semelhante, ampliando o acesso a exames preventivos e menos desconfortáveis.
Inovação
O grande diferencial do novo teste está na análise das bactérias intestinais em um nível intermediário. Até então, os estudos se concentravam apenas em espécies ou cepas, o que não permitia distinguir pequenas diferenças entre bactérias semelhantes.
Com essa abordagem, os pesquisadores conseguiram identificar variações funcionais relevantes para o desenvolvimento do câncer. O método é preciso o bastante para captar sinais específicos da doença e, ao mesmo tempo, abrangente o suficiente para ser usado em diferentes populações.
Para chegar a esse resultado, foi criado o primeiro catálogo detalhado da microbiota intestinal humana nesse nível de classificação, um recurso inédito que poderá ser aplicado tanto em pesquisas futuras quanto na prática clínica.
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Caminho aberto para outros diagnósticos
De acordo com os cientistas, a técnica desenvolvida não se limita ao câncer colorretal. Ela pode ser adaptada para detectar outros tipos de câncer e doenças crônicas, também a partir da análise da microbiota.
O próximo passo será um ensaio clínico conduzido em parceria com os Hospitais Universitários de Genebra, para avaliar a eficácia do método em diferentes estágios da doença.
Caso os resultados se confirmem, o teste poderá se tornar uma ferramenta complementar importante na medicina preventiva.
Colonoscopia ainda é indispensável
Mesmo com os avanços, especialistas reforçam que a colonoscopia continua sendo fundamental. O exame não apenas diagnostica o câncer de intestino, mas também previne o surgimento da doença, permitindo a remoção de pólipos antes que se tornem tumores.
Segundo o coloproctologista Danilo Munhoz, da clínica Primazo, o novo teste pode ser uma excelente ferramenta de triagem no futuro. Ele destacou que o exame de fezes pode ampliar o acesso e reduzir o número de colonoscopias desnecessárias, mas não deve substituí-las.
O médico lembra que a colonoscopia é indicada a partir dos 45 anos, mesmo sem sintomas, ou antes disso para quem tem histórico familiar ou sinais de alerta, como sangramento e perda de peso sem explicação.
Avanços que salvam vidas
A detecção precoce é uma das maiores aliadas contra o câncer de intestino. Quando a doença é identificada no início, as chances de cura ultrapassam 90%. Além disso, o tratamento tem se tornado cada vez mais preciso.
A cirurgia robótica, por exemplo, permite remover tumores de reto com maior exatidão, preservando nervos e estruturas essenciais. Isso reduz complicações e acelera a recuperação do paciente.
Para Danilo Munhoz, quanto mais opções de rastreamento estiverem disponíveis, maior será a adesão da população. Exames mais acessíveis e menos invasivos ajudam a vencer o medo e o desconforto, incentivando as pessoas a cuidar da saúde intestinal antes que a doença apareça.

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