Folclore brasileiro: diversão da sereia ao Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro

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Por Bruno M.
Imagem de capa para Folclore brasileiro: diversão da sereia ao Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro
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Por Big Richard
O folclore brasileiro é o conjunto de costumes, lendas, provérbios e manifestações artísticas preservadas por meio da tradição popular dos povos que vivem no Brasil.
Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas.

O folclore pode ser dividido em lendas e mitos.
Muitos deram origem a festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
As lendas
São estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos.

Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia.
Através das lendas, procura-se dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos
São narrativas que possuem um forte componente simbólico.
Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através da ciência, criavam mitos com este objetivo: dar sentido às coisas do mundo.
Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos, ou defeitos e qualidades do ser humano.
Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
O mito do Lobisomem, por exemplo, aparece em várias regiões do mundo.
Diz que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia.
Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.
Mãe-D”água
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d’água: a sereia.
Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe.
Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.
curupira
O Curupira
É uma entidade da floresta que agride caçadores ou os confunde, impedindo-os de caçar, ou levando-os a se perderem e acidentarem.
Seu nome vem de de curumi, menino e pira, corpo: corpo de menino.
É mais conhecido por esse nome na Amazônia, no Maranhão e no Sudeste do Brasil, exceto Espírito Santo.
Geralmente, o curupira se apresenta como um menino de cabelos vermelhos, peludo, com os pés virados para trás (no rio Negro); privado de órgãos sexuais (Pará); ou com dentes azuis, ou verdes, e orelhudo (rio Solimões).
Às vezes, aparece montado em um caititu (suíno selvagem).
No Maranhão, mora nos tucuns (espécie de palmeira frutífera), procura as margens do rio para pedir fumo aos canoeiros e vira-lhes as canoas quando não lhe dão.
Costuma-se atribuir-lhe uma força física extraordinária.
O folclore candango
Brasília é uma cidade relativamente nova, pouco mais de meio século de existência planejada, isto, em relação ao país, com mais de quinhentos anos de história, é um grão de areia no deserto.
Histórias e folclores na capital federal são importados de outras regiões do país, tradições trazidas pelos primeiros desbravadores destas terras, e outras, construídas aqui, na própria capital, a partir dos contos, lendas e estórias dos mais velhos, este é o caso do grupo de brincantes
seu_estrelo
Seu estrelo e o fuá de terreiro.
Com a proposta de criar um legado folclórico em Brasília, o Grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro inventou seu próprio mito e leva em suas apresentações elementos do cerrado para o imaginário popular.
Criou também um som próprio, uma batida de tambor peculiar, batizada pelo grupo de Samba Pisado. 
Formado por importantes tradições, principalmente os Maracatus e o Cavalo-Marinho, o Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro traz um novo circo de rua, unindo o terreiro e o picadeiro numa singular e moderna brincadeira: uma manifestação original de grande importância para renovação da cultura popular brasileira.
O Mito do Calango Voador, alimentado através das músicas, danças e brincadeiras do grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, povoa com novos seres o imaginário popular.
Assim, leva para este mundo sobrenatural as modernas figuras ligadas ao cerrado, terra do grupo.
O grupo, que há cinco anos se juntou para criar uma brincadeira própria da cidade e fortalecer a cultura popular local, foi premiado pelo Ministério da Cultura em 2007 como grupo de cultura popular tradicional. Reconhecimento conquistado pelo mérito dos trabalhos que desenvolve em todo Distrito Federal.