O Palhaço leva 12 das 13 indicações do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

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Por Bruno M.
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O filme O Palhaço, de Selton Mello, foi o grande vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizado na noite desta segunda-feira no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro. 
A produção levou 12 das 13 indicações recebidas, incluindo as de melhor ator coadjuvante, para Paulo José, melhor ator, para Selton Mello, e melhor longametragem de ficção.
Deborah Secco recebeu o prêmio de melhor atriz por sua atuação em Bruna Surfistinha, que também deu a Drica Moraes o prêmio de melhor atriz coadjuvante.

Selton, já consagrado como ator, afirmou que tem encontrado na direção a melhor forma para se expressar.

“Meu pais me deram ferramentas, mas nunca me impuseram nada. Me deixaram livre para pensar, para sonhar e para imaginar. A câmera é uma espécie de olho que quer escrever. Dirigir é uma forma de eu escrever o que eu sinto, meus anseios, meus devaneios, meus sentimentos mais profundos, de ocupar a tela com o máximo da minha expressividade”, disse ao receber o prêmio de melhor direção. 
Antes da cerimônia, ele conversou com a imprensa e afirmou que O Palhaço foi bem sucedido ao conseguir conciliar sucesso de crítica e público ao tratar de um tema inusitado no cinema atual brasileiro.
“É um filme que não trata de favela, não se passa no Rio de Janeiro, não traz clichês”, disse. Selton também destacou que O Palhaço vai representar o Brasil em mais uma tentativa de indicação ao Oscar, em janeiro.
Um dos momentos mais emocionantes do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, foi quando Drica Moraes e Paulo José foram chamados para receber os prêmios de melhor atriz coadjuvante e de melhor ator coadjuvante. Ambos foram aplaudidos de pé.
Drica, que sofria de leucemia e passou por um transplante de medula em 2010, brincou dizendo que aquele seria o prêmio da categoria “os sobreviventes”. Ela dedicou o troféu ao seu doador, entre outros.
Paulo José também emocionou o público, fazendo o discurso de agradecimento, mesmo com a dicção abalada pelo mal de Parkinson. “Adorei participar de um filme de tanta aceitação por parte do público. Um filme de primeira mão. Não é um filme de produção. É original… É um filme que me deu muita alegria, muito prazer”, disse antes de ser mais uma vez ovacionado pela plateia.
Detalhes na Veja.