Cientistas podem anunciar cura do HIV em alguns meses

Cientistas estão ansiosos para anunciar uma das melhores notícias do ano e dos últimos tempos.
Pesquisadores dinamarqueses estão esperando resultados de um experimento que, se der certo, pode significar a criação de uma cura acessível para o vírus HIV, que causa a Aids – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
São ensaios clínicos para testar uma “nova estratégia”, na qual o vírus é despojado, expulso, do DNA humano, onde se multiplica, para depois ser destruído permanentemente pelo sistema imunológico do paciente.
A medida representaria um grande passo na tentativa de encontrar uma cura para o vírus.
As informações são do jornal inglês Telegraph.
Técnica
A técnica envolve a libertação do vírus HIV dos “reservatórios” onde ficam, no DNA das células, expulsando-os para a superfície.
Uma vez “exposto” na superfície da célula, o vírus pode ser eliminado naturalmente pelo sistema imunológico, capaz de criar uma “vacina” contra ele.
Os cientistas estão atualmente realizando testes em humanos, na esperança de provar que a estratégia é eficaz. Em laboratório, os testes já foram bem-sucedidos.
Pesquisa em humanos
Quinze pacientes estão participando dos ensaios e, se eles forem considerados curados do HIV, o tratamento será testado em uma escala mais ampla.
A pesquisa da equipe dinamarquesa está entre o movimento mais avançado e rápido do mundo para a cura do HIV.
Em estudos in vitro – aqueles nos quais são usadas células humanas em laboratório – a nova técnica foi tão bem sucedida que, em janeiro, o Conselho de Pesquisa dinamarquês premiou os pesquisadores com cerca de R$ 5 milhões para darem prosseguimento na pesquisa, desta vez, em humanos.
De acordo com Dr. Søgaard, pesquisador sênior do Hospital da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, que lidera o estudo, os primeiros sinais são “promissores”.
“Estou quase certo de que teremos sucesso. O desafio será fazer o sistema imunológico dos pacientes reconhecer o vírus, depois de exposto, e destruí-lo. Isto depende da força e da sensibilidade dos sistemas imunes individuais”, afirmou.
Comportamento seguro
Dr Søgaard ressaltou que a cura não é o mesmo que uma vacina preventiva e que a sensibilização de comportamento inseguro, incluindo relações sexuais desprotegidas e compartilhamento de agulhas, ainda são de suma importância na luta contra o HIV.
Com o tratamento moderno contra o HIV, o paciente pode viver uma vida quase normal, mesmo em idade avançada, com efeitos colaterais limitados.
No entanto, se a medicação for interrompida, o vírus pode voltar a se multiplicar no organismo do indivíduo e os sintomas da Aids podem reaparecer em duas semanas.
Encontrar uma cura iria libertar o paciente da necessidade de tomar medicação contínua HIV e salvar bilhões em serviços de saúde pública.
Com informações do Jornal Extra