Carta para minha mãe

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Comercial
Por Roberto Garini
Mãe…
Agora vejo que faz sentido tudo que você me dizia.
Estudar é essencial e trabalhar no que gosta faz do homem um ser especial.
Mas a vida das pessoas mudou muito.
Agora vejo que faz sentido tudo que você me dizia.
Estudar é essencial e trabalhar no que gosta faz do homem um ser especial.
Mas a vida das pessoas mudou muito.
Acho que você não se adaptaria mais a tanta modernidade.
Modernidade que veio para melhorar a vida das pessoas, mas às vezes mais atrapalha do que ajuda.
De todos os meus amigos, que você tratava como filhos, só restou amigo até os dias de hoje, o Sergio Vettori.
Os outros a vida os fez distantes.
Aqueles fins de tarde cheio de amigos, lá em casa, já não se pode mais tê-los. Resultado da vida atribulada de hoje.
As pessoas se afastam umas das outras e cada vez mais a gente se torna um clique no computador.
Aquela sua mania, saudável de ler todo o jornal, e depois, no jantar, discutir os fatos, fossem de politica ou de esportes, já são poucas as pessoas que o fazem.
A notícia agora é rápida, sem explicações.
Não mais interessa o quem, o como e muito menos o por que.
O rádio continua a ser o amigo da dona de casa, como era seu, mas o conteúdo esta cada vez mais superficial, nem a Jovem Pan, sua preferida, é igual.
Mãe, tenho muita saudades de você, das tuas historias, cheias de gente e nomes.
Modernidade que veio para melhorar a vida das pessoas, mas às vezes mais atrapalha do que ajuda.
De todos os meus amigos, que você tratava como filhos, só restou amigo até os dias de hoje, o Sergio Vettori.
Os outros a vida os fez distantes.
Aqueles fins de tarde cheio de amigos, lá em casa, já não se pode mais tê-los. Resultado da vida atribulada de hoje.
As pessoas se afastam umas das outras e cada vez mais a gente se torna um clique no computador.
Aquela sua mania, saudável de ler todo o jornal, e depois, no jantar, discutir os fatos, fossem de politica ou de esportes, já são poucas as pessoas que o fazem.
A notícia agora é rápida, sem explicações.
Não mais interessa o quem, o como e muito menos o por que.
O rádio continua a ser o amigo da dona de casa, como era seu, mas o conteúdo esta cada vez mais superficial, nem a Jovem Pan, sua preferida, é igual.
Mãe, tenho muita saudades de você, das tuas historias, cheias de gente e nomes.
Cheias de cidades como: Taquaritinga, Pompéia, Guararapes, Atibaia e São Paulo. As cidades onde você morou e deu aulas.
Poucas pessoas tem histórias para contar hoje.
As estórias que contam hoje são sobre o ter e não sobre o ser.
A Dulca, sua doceria favorita, não existe mais e se existisse, no local onde era, não dá mais para ir.
Não tem mais ninguém para tocar piano nos fins de tarde, para tirar aquelas músicas que a gente gostava, mesmo que fossem com um arranjo meio antigo.
Das tuas aulas de canto…com tua voz, que um dia foi até elogiada pela cantora Ângela Maria, que achou que você fosse profissional.
Mãe, suas netas, agora já mulheres, estão muito bem.
A Ana Cristina já é mãe, você tem um bisneto de quase um ano, que se chama Rafael.
A Ana Paula esta cada vez mais parecida com você, é psicóloga, trabalha e continua estudando. Tá fazendo um mestrado.
A Ana Carolina se casou, continua trabalhando e já fez o seu MBA.
Acho que todas guardam um pouco do DNA da avó professora.
Mãe, eu sei que a professora Ada acabou tendo 35 anos, de 40 alunos em cada ano, que queiram ou não, se sentem um pouco seus filhos, e eu não tenho ciúmes. Tenho é orgulho de ter tantos irmãos na sabedoria da professora primária que, por sorte, era minha professora o dia todo.
Lembro bem de que um dia eu reparei que já estava muito mais alto que você e passei a te chamar de “baixinha”, e foi assim a vida inteira.
Lembro também que você nunca deixou de me ligar, pelo menos, uma vez por semana.
Quando eu te ligava sempre fazia a mesma brincadeira quando você dizia o primeiro alô.
– Não diga alô, diga Radio Record.
Era uma espécie de senha para você começar a dizer que se eu estivesse fumando muito, que parasse, que deveria trabalhar menos, dar conselhos sobre a doença de uma das netas e por aí continuava a despejar conselhos e bênçãos.
Por fim, volto a te escrever que sinto mesmo muitas saudades de você, pois continua sendo a melhor mãe do mundo.
Mãe, neste dia das mães, vou felicitar cada mãe como se fosse você, porque no fundo, todas as mães são as melhores mães do mundo.
Todas tem as preocupações que você teve, e cada uma, ama seu filho com diferenças, mas com uma mesma igualdade: de dar a vida por eles.
Feliz dia das mães dona Ada.
Poucas pessoas tem histórias para contar hoje.
As estórias que contam hoje são sobre o ter e não sobre o ser.
A Dulca, sua doceria favorita, não existe mais e se existisse, no local onde era, não dá mais para ir.
Não tem mais ninguém para tocar piano nos fins de tarde, para tirar aquelas músicas que a gente gostava, mesmo que fossem com um arranjo meio antigo.
Das tuas aulas de canto…com tua voz, que um dia foi até elogiada pela cantora Ângela Maria, que achou que você fosse profissional.
Mãe, suas netas, agora já mulheres, estão muito bem.
A Ana Cristina já é mãe, você tem um bisneto de quase um ano, que se chama Rafael.
A Ana Paula esta cada vez mais parecida com você, é psicóloga, trabalha e continua estudando. Tá fazendo um mestrado.
A Ana Carolina se casou, continua trabalhando e já fez o seu MBA.
Acho que todas guardam um pouco do DNA da avó professora.
Mãe, eu sei que a professora Ada acabou tendo 35 anos, de 40 alunos em cada ano, que queiram ou não, se sentem um pouco seus filhos, e eu não tenho ciúmes. Tenho é orgulho de ter tantos irmãos na sabedoria da professora primária que, por sorte, era minha professora o dia todo.
Lembro bem de que um dia eu reparei que já estava muito mais alto que você e passei a te chamar de “baixinha”, e foi assim a vida inteira.
Lembro também que você nunca deixou de me ligar, pelo menos, uma vez por semana.
Quando eu te ligava sempre fazia a mesma brincadeira quando você dizia o primeiro alô.
– Não diga alô, diga Radio Record.
Era uma espécie de senha para você começar a dizer que se eu estivesse fumando muito, que parasse, que deveria trabalhar menos, dar conselhos sobre a doença de uma das netas e por aí continuava a despejar conselhos e bênçãos.
Por fim, volto a te escrever que sinto mesmo muitas saudades de você, pois continua sendo a melhor mãe do mundo.
Mãe, neste dia das mães, vou felicitar cada mãe como se fosse você, porque no fundo, todas as mães são as melhores mães do mundo.
Todas tem as preocupações que você teve, e cada uma, ama seu filho com diferenças, mas com uma mesma igualdade: de dar a vida por eles.
Feliz dia das mães dona Ada.
robertogarini@sonoticiaboa.com.br