USP avança em pesquisa oceanográfica: barco Alpha Delphini é inaugurado

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Por Roberto Garini
A USP, Universidade de São Paulo, se tornou uma das instituições de pesquisa mais bem aparelhadas para realizar pesquisa oceanográfica não só no Brasil, como também no mundo.
Isso graças ao barco oceanográfico Alpha Delphini , inaugurado oficialmente, na semana passada no porto de Santos, no litoral de São Paulo,
Antes de chegar a São Paulo, o Alpha Delphini realizou entre 16 e 29 de julho sua primeira expedição científica no litoral de Pernambuco, entre a ilha de Itamaracá e o arquipélago de Fernando de Noronha, passando também pela zona costeira de Recife.
O objetivo da expedição foi avaliar o papel das regiões oceânicas e costeiras de Pernambuco, como absorvedoras ou liberadoras de carbono e identificar quais zonas atuam de uma forma ou de outra.
A expedição fez parte de um Projeto Temático, realizado por pesquisadores do IO-USP, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e com a participação da Agence Nationale de la Recherche (ANR), da França.
O trabalho faz parte de um acordo entre a FAPESP e a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe).
Na inauguração no Porto de Santos, o barco Alpha Delphini, o navio Alpha Crucis e o Professor W. Besnard foram ancorados lado a lado no armazém número oito.
O Alpha Delphini tem autonomia e capacidade de pesquisa intermediária entre as pequenas embarcações e os navios oceanográficos e cobre a área de plataforma continental – que começa na linha da costa e atinge até 200 metros de profundidade.
O custo total do barco foi de R$ 6 milhões. O programa EMU da FAPESP destinou R$ 4,4 milhões para a construção da embarcação. O restante – motores e uma série de equipamentos científicos – foi financiado com recursos do próprio IO-USP o Instituto Oceonografico.
Sua autonomia de navegação é de 10 a 15 dias, dependendo do número de tripulantes, e ele poderá operar em toda a faixa de 200 milhas marítimas da fronteira litorânea.
Quando não estiver em expedições, o barco ficará ancorado no armazém número oito do Porto de Santos. A ideia dos pesquisadores é de que, fora da fase de pesquisas, a embarcação permaneça aberta à visitação pública.
Com informações do Farol Comunitário.