Teatro Cego: 5 anos de emoções e sucesso na escuridão

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Comercial
Um espaço de artes para você sentir as histórias, e não assistí-las.
O Teatro Cego, em Buenos Aires, na Argentina está completando 5 anos de sucesso e muita imaginação.
Nas peças, o público aguarda os atores contarem as histórias com sons, cheiros e até mesmo uma massagem.
A pequena sala do teatro é iluminada apenas por pequenas luzes, que iluminam trinta cadeiras localizadas no centro.
Não há cenário, alto-falantes, nem refletores.
Assim que todos estão em seus lugares, as poucas luzes se apagam.
E instantaneamente os outros sentidos humanos começam a ser aguçados: se ouve apenas a respiração dos presentes, até que uma voz estrondosa dá as boas-vindas ao “primeiro teatro no mundo que faz seus espetáculos no escuro”.
Os atores não se limitam a contar histórias: eles fazem ruídos e sons com seus corpos e outros objetos.
As vozes, sons e sentimentos vêm de toda parte.
Eles também usam perfumes, fragrâncias para ambientar as situações, para simular gotas de água da chuva…
E em alguns trabalhos os espectadores podem desfrutar de uma refeição, sem ter a tênue luz de uma pequena vela.
“É incrível. Achei excelente. A verdade é que quando uma pessoa inibe um sentido inevitavelmente aguça os outros. Apesar de ter sido uma peça infantil eu também curti. A imaginação não é algo exclusivo das crianças “, disse Giselle Calás , que decidiu levar seus filhos para o Teatro Cego Centro Argentino.
O objetivo não é destacar as complicações dos cegos, mas para mostrar que, mesmo sem um dos sentidos mais básicos, você pode viver e desfrutar de um passeio em família, um casal, grupo ou sozinho.
Victoria Cestau, diretora da obra, disse que o fato da peça ser em total escuridão “dá mais liberdade para criar, pois cada espectador imagina um lugar diferente.”
E acrescentou: “Não é uma restrição, pelo contrário, o ator tem de fazer melhor com a voz e usar o corpo para fazer sons e ruídos”.
Todo fim de semana a casa tem peças infantis.
Brasil
Aqui no Brasil um grupo Teatro dos Sentidos faz um trabalho semelhante, como mostramos no SóNotíciaBoa em 2011. Releia aqui.
Com informações do LaNacion.
Matéria sugerida por Karen Gekker