Mistério: menino desenganado se livra de câncer raro

Deryn Blackwell ouviu dos médicos que tinha apenas três dias de vida e que morreria antes do ano novo.
Porém, ele não morreu e surpreendeu a todos, já que tem um tipo raro de câncer.
Deryn tem 14 anos e há 3 anos trata a doença.
Ele é o único paciente no mundo a ser diagnosticado com leucemia e sarcoma de células de Langerhans.
Além disso, ele contraiu outra doença que atacava seu sistema imunológico pelos dois tipos de câncer.
A doença chegou a um estágio que o jovem foi sentenciado a morte no final do ano passado e levado para uma casa de repouso para pacientes terminais.
Sonhos
Sabendo que não teria muito tempo de vida, o garoto escreveu uma lista das coisas que gostaria de fazer.
Ele conheceu celebridades, andou em carros velozes e até experimentou uma bebida alcoólica pela primeira vez.
Deryn também planejou seu funeral e o destino que teriam suas cinzas – parte seria colocada em fogos de artifício, outra parte em um canhão e a terceira parte seria atirada de uma montanha na Grécia.

A mãe de Deryn, Callie Blackwell contou que a família e o próprio jovem já tinham aceitado a morte:
“Ele tinha aceitado e nós tínhamos aceitado. Deryn até pediu para conhecer o quarto onde ficavam os corpos para saber para onde seria levado quando morresse”.
A virada
Mas seu corpo começou, inexplicavelmente, a lutar contra as infecções e produzir hemácias – células vermelhas do sangue – saudáveis novamente.
“Os médicos não sabem explicar, nem conseguem nos dar uma ideia do que pode acontecer nas próximas semanas”, diz Callie Blackwell.
“No início foi difícil passar da aceitação de que eu iria perder o meu filho e não vê-lo crescer para de repente pensar ‘na verdade, talvez eu veja’.”
Lição de vida
O garoto, que chegou a precisar tomar 35 medicamentos diferentes por dia, agora toma apenas um.
Deryn saiu da casa de repouso e agora frequenta uma academia para melhorar sua resistência física.
O melhor de tudo é a lição que o menino dá pra quem vive reclamando da vida:
“É preciso colocar as coisas em perspectiva. Se você começa a tossir e reclamar, tem que ver que há outras pessoas, como eu, que estão em uma situação pior e não estão reclamando. Então a sua tosse não é assim tão ruim”, disse o garoto à BBC.
Ele continua em tratamento, porque seu câncer ainda pode retornar.
Mas seus pais querem criar uma instituição de caridade em seu nome, na esperança de que ela seja, não somente seu legado, mas o seu projeto de vida.
Com informações da BBC.