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Brasil reduz mortalidade infantil antes da meta de 2015 da ONU

Rinaldo de Oliveira
23 / 05 / 2014 às 00 : 00
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Foto: Albert Einsntein
O Brasil atingiu a meta assumida no compromisso “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” de reduzir em dois terços os indicadores de mortalidade de crianças de até cinco anos.
O índice, que era de 53,7 mortes por mil nascidos vivos em 1990, passou para 17,7 em 2011.
Os números integram o 5º Relatório Nacional de Acompanhamento, divulgado nesta sexta-feira (23), em Brasília, pelo governo.
A meta foi atingida antes do prazo estipulado, 2015.
Faixa etária
O relatório preparado pelo governo mostra que a queda mais significativa registrada na mortalidade na infância ocorreu na faixa entre 1 e 4 anos de idade. Atualmente, o problema está concentrado sobretudo nos primeiros 27 dias de vida do bebê, o período neonatal.
Embora o documento ressalte que o Brasil conseguiu cumprir a meta à frente de uma série de países, o texto admite que o nível de mortalidade até os 5 anos ainda é elevado.
A desigualdade regional sofreu uma redução, no entanto, Norte e Nordeste ainda apresentam taxas superiores a 20 óbitos de crianças com menos de cinco anos por mil nascidos vivos.
Na região Sul, são 13 por mil nascidos vivos.
Mortes maternas
A redução de morte materna, no entanto, não teve o mesmo sucesso.
O documento admite que o Brasil dificilmente vai cumprir o compromisso de chegar em 2015 com no máximo 35 óbitos maternos a cada 100 mil nascimentos. Para isso, seria necessário praticamente reduzir pela metade os indicadores de 2011, quando o número de mortes de mulheres durante a gravidez, o parto ou até 42 dias após o nascimento do bebê era de 63,9 por 100 mil nascimentos.
Número que caiu pela metade em relação aos 143 por 100 mil nascimentos, em 1990.
O relatório argumenta ainda que o Brasil não é o único país a ter um desempenho nessa área abaixo do que se era esperado.
Objetivos do Milênio
Os Objetivos do Milênio são metas estabelecidas em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e apoiadas por 192 países.
Ao todo, são oito pontos: acabar com a fome e a miséria; universalização da educação primária; promoção da igualdade de gênero e autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade na infância; reduzir a mortalidade materna, interromper a propagação e diminuir a incidência de HIV/aids, universalizar o tratamento para a doença e reduzir a incidência de malária, tuberculose e outras doenças; qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, incluindo reduzir pela metade a proporção da população sem acesso permanente e sustentável à água potável e parceria mundial para o desenvolvimento.
Educação primária
Em 2012, 23,2% dos jovens de 15 a 24 anos não haviam completado o ensino fundamental.
Embora o porcentual ainda seja expressivo, o relatório argumenta que os números brasileiros já foram muito piores.
Em 1990, 66,4% dos jovens não haviam completado os anos de estudo.
O porcentual de crianças de 7 a 14 anos frequentando o ensino fundamental passou de 81,2% para 97,7%.
Acesso à água
O relatório também ressalta que o Brasil conseguiu cumprir a meta e reduzir pela metade o percentual da população sem acesso a saneamento.
A meta foi atingida em 2012.
De acordo com o trabalho, em 1990 53% da população vivia em moradias com rede coletora de esgoto ou com fossa séptica.
Em 2012, o porcentual subiu para 77%.
O acesso à água também melhorou nesse intervalo, de 70% para 85,5%.
Pobreza extrema
A meta brasileira para essa área é mais ambiciosa que a mundial.
O compromisso era reduzir a pobreza extrema a um quarto do nível de 1990 até 2015.
De acordo com o relatório, em 2012, o nível da pobreza extrema era menos de um sétimo do nível de 1990.
Pelos cálculos do governo, 3,6% da população vive com menos de R$ 70 mensais.
De acordo com o trabalho, a pobreza extrema entre idosos está praticamente erradicada, graças à inclusão em programas sociais e à política de valorização real do salário mínimo.
A desigualdade racial persiste, embora em menor grau.
Em 2012, a probabilidade da extrema pobreza entre negros era o dobro da verificada na população branca.
Um em cada 20 negros era extremamente pobre. Entre brancos, o risco é de um entre 46.
Com informações do Estadão/Uol

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