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Uma substância presente no vinho tinto e no chocolate preto, que tem sido aclamada pelas suas propriedades anti-envelhecimento, também pode ajudar a melhorar a memória. 
É o que mostra um novo estudo feito pela Universidade Charité de Berlim, na Alemanha.Universidade Charité de Berlim, na Alemanha.
A pesquisa analisou o papel do composto, o resveratrol, como protetor das funções cognitivas. 
O estudo-piloto envolveu 46 voluntários e seus resultados saíram na semana passada na revista científica Journal of Neuroscience.
A pesquisa
Os participantes eram todos adultos com boa saúde, mas com excesso de peso – nos quais os benefícios do resveratrol parecem aparecer com maior intensidade.
Eles foram divididos em dois grupos: um tomou suplementos de 200mg de resveratrol durante seis meses e os restantes tomaram um placebo. 
Os que receberam suplementos de resveratrol lembraram-se de mais palavras de uma lista que tinham lido 30 minutos antes do que os que tomaram o placebo. 
Memória
Em entrevista ao portal internacional especializado LiveScience, a coordenadora do estudo, a neurocientista Veronica Witte, disse que também observou nos indivíduos que tomaram resveratrol um aumento das ligações entre as áreas cerebrais responsáveis pelos processos de memória e que esta melhoria permitiu, ainda, um incremento na capacidade do organismo dos voluntários de absorver os açúcares consumidos. 
“De um ponto de vista clínico, as nossas descobertas sugerem que a ingestão regular e significativa de resveratrol, pelos mais velhos, pode ter efeitos de proteção das funções cognitivas, uma hipótese que, agora, necessita de ser avaliada através de ensaios clínicos de grande escala”.
Fontes de Resveratrol
Além do vinho tinto e do chocolate preto, a uva, o amendoim e a amora são boas fontes de resveratrol, um composto que, acreditam os cientistas, é capaz de “imitar” no organismo os efeitos de uma dieta de restrição calórica. 
Estudos anteriores já tinham associado esta substância aos benefícios anti-envelhecimento, da saúde cardiovascular e do tratamento do câncer, mas poucas pesquisas analisaram seu papel na cognição.
Com informações do Boas Notícias