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Peça de teatro faz público dormir de verdade

Rinaldo de Oliveira
19 / 06 / 2014 às 00 : 00

Foto: reprodução/ NYTNS
Se você conhece alguém que dorme em sessões de cinema, shows e peças de teatro, avise que já existe um espetáculo onde essa pessoa não vai passar vergonha.
Estreou este mês na Times Square, em Nova York o “Dream of the Red Chamber: A Performance for a Sleeping Audience”, uma peça criada para ser absorvida por uma plateia adormecida.

Na peça os espectadores tiram seus sapatos e cochilam em camas.
Ao seu redor, o elenco em trajes elaborados interpreta cenas e gesticula repetitivamente enquanto suas imagens são projetadas em telas espalhadas pelo espaço.

As luzes são fracas; a música, constante e monótona.
A ideia é que a apresentação permeie o subconsciente do visitante.


 
Quase mil pessoas compareceram na primeira semana, segundo organizadores, metade delas no fim de semana de estreia, quando uma apresentação atravessou a noite, durando 13 horas.

A sessão de 17 de maio, foi das 5 da tarde às 6 da manhã do dia seguinte.


A recente febre do teatro de imersão em Nova York incentiva as pessoas a compartilhar seus ciclos de sono e devaneios.



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Embora as apresentações baseadas no sono tenham sido comuns nos últimos anos na Europa, nos Estados Unidos “essa é a nova fronteira” , explicou Mark Russell, apresentador internacional de teatro e codiretor do festival Under the Radar no Public Theater.

Daniel Varotto, de 29 anos, editor de filmes de São Paulo que hoje vive em Nova York, dormiu em “Dream of the Red Chamber” da meia-noite às 6 da manhã, em 10 de maio.

“Verdadeiramente incrível”, disse ele, enquanto colocava de volta os sapatos e óculos.
“Eu estava entre uma meditação e a visualização de imagens, e também atravessando alguns de meus pesadelos. Aquilo entra em sua mente de uma maneira para a qual você não está realmente pronto. Eles entram em seus sonhos”, contou.




Com apresentações durando do final da tarde até meia-noite ou o amanhecer, “Dream of the Red Chamber” é encenado no porão inacabado do edifício Brill, antigo berço de canções de Burt Bacharach e outros veneráveis da cultura pop.

A entrada é gratuita, e o público pode entrar e sair quando bem entende.
Passando por uma vitrine vazia repleta de telas de televisão em estática, os visitantes descem para uma sala de paredes brancas, cortinas ondulantes e camas vermelhas.

Parece um mundo à parte das ruas acima, brilhantes de néon, da região da Time Square.
Com informações de ANotícia

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