Crianças pobres estão mais altas no Brasil: comida

Foto: AgênciaBrasil
As crianças pobres brasileiras estão crescendo mais.
O aumento da altura média foi de quase 1 centímetro entre 2008 e 2012.
As meninas de 5 anos ficaram 0,7 centímetro mais altas. Os meninos, 0,8 centímetro.
A altura é considerada o indicador mais confiável de melhora na nutrição da população.
O peso, apesar de importante, pode representar aumento não saudável.
A altura, no entanto, demonstra que a criança está absorvendo nutrientes suficientes para crescer.
“O peso não é o melhor indicador. A criança pode aumentar o peso, mas não ter o desenvolvimento físico necessário”, explica a ministra de Desenvolvimento Social, Tereza Campello.
O aumento de quase 1 centímetro em apenas quatro anos é creditado diretamente à melhoria no acesso à alimentação e ao acesso à saúde nos primeiros anos de vida, com o impulso dado pelo Bolsa Família.
Precisa mais
A população pobre brasileira ainda precisa crescer mais.
Estudo feito pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e da Saúde mostra que os meninos brasileiros mais pobres estão ainda a 1,6 centímetro das metas internacionais definidas pela Organização Mundial de Saúde. E as meninas a 1,5 centímetro,
No entanto, já estão muito mais próximos das médias nacionais brasileiras.
Na população em geral, o padrão aceito é de 109 centímetros para meninos e 108,4 para meninas aos 5 anos.
No Bolsa Família, as crianças chegam a 108,6 e 107,9, respectivamente.
Déficit de altura
O número de crianças com déficit de estatura também caiu em todas as regiões do País, mesmo no Sul e Sudeste, onde, em tese, o déficit alimentar já era menor.
Em quatro anos, a proporção de crianças abaixo da altura padrão caiu de 17,5%
para 8,5% no País.
Na Região Norte, de 26,6% para 14,4%; no Nordeste, de 19,2% para 9,3%.
De acordo com Tereza Campello, o governo tem medido e pesado as crianças semestralmente e as que não atingem os indicadores passam a receber mais atenção. “Estamos aumentando a altura média. Temos muito a comemorar”, disse a ministra.
Com informações do Estadão