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Brasileiros vão para olimpíada na Índia

Rinaldo de Oliveira
09 / 12 / 2014 às 00 : 00

Foto: Reprodução FTD
Sete jovens da Escola Estadual Luís Magalhães de Araújo, no Jardim Ângela – uma das áreas mais violentas de São Paulo –  realizaram um feito e tanto: o grupo conseguiu uma vaga para participar do Festival Quanta 2014, um dos maiores de matemática e robótica do mundo – que ocorre na Índia.

Liderados por Maria Consoladora da Silva, ou Professora Dora,  os estudantes Vinicius de Oliveira Bispo, Diego Henrique de Moraes, Jaqueline dos Santos Cunha, Keila do Carmo de Carvalho, Michele Aparecida Moura da Silva, Raphaela Bernardes Seixas e Vinícius Amorim Viana se classificaram para a competição ao serem premiados com duas medalhas de bronze e uma menção honrosa na Olimpíada Internacional de Matemática sem fronteiras. 

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“Num dia a gente estava fazendo a prova, no outro a Dora veio avisar que poderíamos ir para a Índia”, conta Vinícius Bispo. 

Mas os estudantes descobriram que para poder disputar o Festival Internacional de Ciência Quanta, seriam necessários R$ 18 mil com passagens, locações e custos adicionais. “Quando a professora deu a notícia de que nós deveríamos arcar com os custos da viagem, eu particularmente fiquei incrédulo de que ia acontecer – pessoalmente, era impossível”, conta Diego Moraes.

Caminho das Índias
Foi quando começou a corrida por parcerias. Segundo Dora, alguns empecilhos já tinham aparecido na época das inscrições: “Falavam muito que não valia a pena inscrever os alunos por eles não terem condições de pagar. 

Mas fui contra, eu não vou ensinar os meus alunos a desistir sem tentar”. 
A professora também contou sobre a angústia de correr o risco de perder a vaga por problemas financeiros: 

“As dificuldades que nós enfrentamos não foram poucas. Corremos atrás de passaportes e contamos a nossa história atrás de acolhedores”.

Até que a Editora FTD anunciou que pagaria as passagens para o grupo ir até Lucknow, na Índia. 
Segundo Bispo, “a gente tinha dado uma desanimada quando descobriu que o dinheiro teria que sair do nosso bolso, mas aí o dinheiro veio e a oportunidade foi excepcional”.

Depois de muito esforço, “uma experiência incrível” entrou na bagagem do grupo de matemáticos da Escola Estadual Luís Magalhães de Araújo. 

Tudo deu certo e eles partiram para passar os cinco dias na Índia. Para Diego, a viagem valeu muito a pena: “Do passaporte até a viagem de avião, de 18 horas, tudo foi muito incrível. 

No primeiro dia já sentimos um choque cultural muito grande – a adaptação ao inglês com sotaque indiano foi uma experiência bem diferente. Eu nunca tinha pensado em representar o Brasil em alguma coisa, mas agora vejo que isso é possível. 

Sem dúvidas, uma experiência que vai marcar para a vida toda”.

Com informações da Revista Galileu

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