Tem paralisia cerebral e 50 livros publicados

Foto: EmilioFigueira.com.br
Ele tem paralisia cerebral, é escritor de mão cheia e representa uma lição de vida para quem reclama da vida por pouco.
Apesar da limitação motora, Emílio Figueira é dono de uma produção intelectual invejável.
São duas graduações, cinco pós, dois doutorados, 53 livros, mais de 500 textos para jornais e revistas, 87 artigos científicos publicados no Brasil e exterior e uma capacidade de realizar várias atividades paralelas que podem ser conhecidas no seu site.

Suas dificuldades de comunicação não o impede de ser uma pessoa expressiva e sorridente.
Dono de sua própria filosofia de vida, Emílio diz:

“Se uma pessoa nasce ou adquire uma deficiência, isso será uma fatalidade que ninguém pode mudar. Mas o importante mesmo, será o caminho que essa pessoa tomar.  Ela pode se entregar à deficiência, passar a vida se lamentando e se escondendo, ou reagir, buscando uma vida cheia de possibilidades!”

A paralisia
Por uma falta de oxigenação no cérebro durante o seu parto em 1969, Figueira ficou com paralisia cerebral, uma deficiência que causa problemas de coordenação motora no andar, no movimentar e na fala.

Fez longos e intensos tratamentos durante a década de 1970 na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), em São Paulo.
Ele sempre gostou de artes e produziu inúmeros desenhos e pinturas, entre os 2 e 5 anos de idade.

Aos 11, saiu da casa de meus pais em São Paulo. Foi morar com seus avós maternos em uma pequena cidade do interior paulista, chamada Guaraçaí.

Um ano depois começou a escrever reportagens para a “Folha de Guaraçaí”.
Aos 16 fazia o jornal praticamente sozinho, além de colaborar com outras publicações e rádios da região e, aos 18, formou-se em jornalismo técnico.

Hoje, aos 45 anos, Emílio tem uma rotina caseira. Passa os dias em sua residência no bairro da Casa Verde, na zona norte de São Paulo, e escreve seus trabalhos digitando só com um dedo, em seu escritório.

Referência
Emílio é hoje referência na Educação Inclusiva no Brasil e autor de vários livros, consultorias para pedagogos e o MEC.
Tornou-se professor de diversas disciplinas no sistema de educação a distância em algumas universidades brasileiras.

Além disso faz palestra e viaja todo o país sempre falando em escolas, universidades, instituições, seminários e congressos para muitas plateias de professores, pedagogos, psicólogos, profissionais em geral, público diverso, famílias e pessoas com deficiência.

Emílio também participa da Companhia Teatral Olhos de Dentro, no Teatro Ruth Escobar, em um curso de teatro voltado para pessoas com e sem deficiências.

“Eu pensava que o máximo que poderia fazer era ser um autor ou divulgador teatral. Mas descobri que eu, mesmo com paralisia cerebral – e tantas outras pessoas com deficiências – também somos capazes de atuar”, revela.

Com informações do DeficienteCiente