“A Teoria de Tudo”: o grande filme do Oscar 2015

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Por Andréa Fassina, da redação do SóNotíciaBoa
Como se não bastasse a história – que por si só emociona, cativa e surpreende – quando pensamos que todas as sensações estão lá, o final ainda é mais surpreendente.
Isso sem contar a interpretação magistral do ator que vive o astrofísico Stephen Hawking.
O filme A Teoria de Tudo conseguiu traduzir uma vida de superação, inspiração, curiosidade, entrega, determinação.
E o resultado está na indicação para o Oscar de Melhor Ator, para Eddie Redmayne, e ainda o de Melhor Atriz, para Felicity Jones, que interpreta a primeira mulher de Hawking, Jane Wilde.
Aliás, o filme é baseado na autobiografia da própria Jane.
O ator já levou a estatueta de melhor ator no Globo de Ouro.
“A Teoria do Tudo”, ao todo, tem 5 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Roteiro Adaptado─ Melhor Trilha Sonora e Melhor Filme.
Eu respondo a esta última. Sem dúvida, é o melhor filme.
O melhor que assisti nos últimos tempos.

Superação
A trajetória do físico britânico que nasceu saudável é impressionante.
Fala do mau aluno que não fazia as tarefas, que não estudava e queria se enturmar com a equipe de remo da Universidade. O que não o impediu de ser aceito em Cambridge.
Quando estava no auge da inteligência e criatividade, ao 21 anos, estudando na Universidade de Oxford, Inglaterra, foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, conhecida como “ElA”, doença incurável que leva à perda de movimentos.
Os médicos deram apenas 2 anos de vida.
No hospital, viu um garoto morrer de leucemia. “Toda vez que fico inclinado a ter pena de mim, me lembro daquele menino”, conta.
Mesmo com tudo contra e o corpo definhando, Hawking seguiu em frente, casou-se com Jane, teve 3 filhos e hoje está com 72 anos, com vários livros publicados, querendo ainda mais.
A Teoria
A descrença em Deus, ou talvez a sua maior crença, a criação do mundo, fez com que ele conseguisse descobrir que o Universo não tem limites, nem começo, nem fim.
Hoje, ele até contesta a própria teoria consagrada dos buracos negros, que são lugares invisíveis no universo onde a gravidade é tão forte que nada consegue escapar a ela, até a luz.
Segundo ele, que está sempre quebrando as próprias regras, na perspectiva da teoria quântica, existe a possibilidade de escapar de um buraco negro.
O físico que tinha apenas 2 anos de vida, vai além e agora busca uma fórmula para explicar a Teoria do Tudo, onde física clássica e quântica se unem.
O final do filme é uma surpresa, exatamente por essa visão que o diretor James Marsh (“O Equilibrista”), traduziu com maestria.
O físico elogiou o desempenho do ator Eddie Redmayne, que interpreta Hawking no filme.
“Às vezes, eu achava que ele era eu”, brinca.
O astrofísico também acrescentou que ver o filme lhe deu a oportunidade de refletir sobre sua vida:
“Ainda que eu tenha uma deficiência grave, eu tenho sido bem sucedido em meu trabalho científico”, escreveu Hawking.
“Eu viajo muito e já estive na Antártica e na Ilha de Páscoa, em um submarino e até em um voo de gravidade zero. Um dia, espero ir para o espaço.”
O filme chega aos cinemas brasileiros no dia 29 de janeiro.
Veja como foi a visita e o trailler de “A Teoria do Tudo”: