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Sangue jovem pode ajudar idosos com Alzheimer

Rinaldo de Oliveira
30 / 03 / 2015 às 00 : 00


Foto: 13/Jochen Sands/Ocean/Corbis

Cientistas da Universidade de Stanford começaram a testar em humanos uma técnica revolucionária contra o Alzheimer.
É a transfusão de sangue de pessoas jovens para idosos, portadores da doença.
Os cientistas estão esperançosos: a injeção poderia reverter alguns dos danos causados pela doença e melhorar a saúde de órgãos, incluindo o cérebro, como aconteceu nos testes anteriores feitos com ratos.

O pesquisadores estão fazendo transfusões de plasma de sangue, desde outubro do ano passado.
Eles usam sangue de doadores com menos de 30 e aplicam em voluntários com doença de Alzheimer leve.

“Vamos avaliar a função cognitiva imediatamente antes e durante vários dias após a transfusão, bem como o acompanhamento de cada pessoa por alguns meses para ver se algum de seus familiares ou cuidadores relatam quaisquer efeitos positivos,” disse ele à New Scientist.

“Os efeitos podem ser transitórios, mas mesmo que seja apenas por um dia, é uma prova de conceito de que vale a pena perseguir.”

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Os especialistas pensam que o GDF11 não é única proteína a manter os órgãos jovens, mas poderia ser um ingrediente chave.

O Dr. Tony Wyss-Coray, na Universidade de Stanford, na Califórnia, acredita que o GDF11 poderia desempenhar um papel no rejuvenescimento do cérebro em humanos.

Ele injetou plasma de sangue jovem humano em camundongos velhos e descobriru que o sangue parecia ter benefícios rejuvenescedores.

“O sangue humano teve efeitos benéficos sobre todos os órgãos que estudamos até agora”, disse ele.

Ideia antiga
Os cientistas estão fascinados pela idéia de que o sangue jovem poderia rejuvenescer corpos mais velhos desde os anos 1950, informou o jornal especializado New Scientist.

O Dr Amy Wagersat, da Universidade de Harvard, descobriu em 2012 que uma proteína no plasma do sangue – chamada fator de crescimento de diferenciação 11 (GDF11) – parecia estar associada a efeitos de rejuvenescimento em ratos velhos com hipertrofia cardíaca – uma condição que faz com que o coração inchar.

Quando os ratos idosos receberam injeções de GDF11 por 30 dias, seus corações diminuíram de tamanho, assim como quando eles receberam sangue de ratos mais jovens – levando os cientistas a pensar que GDF11 é provável que seja um ingrediente no sangue responsável pelo rejuvenescimento.

A proteína
Os cientistas sabem que a produção de GDF11 em humanos e camundongos cai com a idade e, embora não entendam o motivo, eles acham que essa queda tem um efeito negativo sobre a saúde e memória de longo prazo do cérebro.

Transfusões
Francesco Loffredo, da Universidade de Harvard, acha que depender de transfusões de sangue para tratar a doença de Alzheimer é impraticável, mas que a pesquisa poderia um dia levar a uma droga que alcance os mesmos resultados que as transfusões.

Outros especialistas acreditam que os resultados poderiam um dia ser usados para tratar o câncer e reverter os efeitos da perda de massa muscular em quimioterapia, por exemplo, bem como o tratamento de doença de Alzheimer.

Com informações do DailyMail

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