Papa admite famílias gays e separação de casais

Foto: Riccardo De Luca / AP
O Papa Francisco tenta aproximar a igreja do mundo moderno e aceitar fatos sociais que existem há décadas, mas os católicos resistem em aceitar.
24 horas depois de admitir debater a constituição de famílias gays, o Papa reconheceu que a separação de casais, em alguns casos, “é inevitável” e até mesmo “moralmente necessária”, sobretudo quando há violência na relação entre marido e mulher, em um sinal de abertura do conceito contemporâneo de família.
“Há casos em que a separação é inevitável, às vezes, moralmente necessária, para afastar os filhos da violência e da exploração e até da indiferença ou do isolamento — afirmou o líder da Igreja Católica aos milhares de peregrinos que participaram da audiência geral na Praça de São Pedro.
A mensagem do Papa chega um dia depois de o Vaticano apresentar o documento que guiará, em outubro, o Sínodo dedicado à família, com a presença de bispos de todo o mundo. O encontro vai debater sobre “os divorciados e as famílias com filhos gays”.
O papa falou sobre as “profundas feridas” provocadas pela separação nas crianças.
“Não estaremos anestesiados em relação às feridas da alma dos filhos? Quanto mais se tenta compensar com presentes, mais se perde o significado das feridas nas almas. Como dar assistência aos casais com problemas?”, perguntou Francisco.
Reintegrar divorciados
A reflexão é parte dos debates acalorados que os bispos vêm tendo há mais de um ano sobre como a Igreja católica deve enfrentar os desafios da família contemporânea, especialmente a espinhosa questão de autorizar a comunhão para divorciados que desejam se casar novamente.
A Santa Sé revelou que foi alcançado um “acordo” para propor um “caminho”, sob a autoridade dos bispos, para reintegrar os católicos divorciados que desejam se casar novamente à Igreja Católica, o que tem sido considerado um sinal de abertura.
O próprio Papa Francisco afirmou, em fevereiro, que os casais que fracassaram em manter o matrimônio não devem ser condenados.
“Quando o amor fracassa, e fracassa muitas vezes, devemos sentir a dor desse fracasso, acompanhar a pessoa que tenha sentido o fracasso de seu amor”, afirmou o Papa durante uma missa no Vaticano, em fevereiro.
“Não devemos condená-los. É preciso caminhar com eles. Devemos ficar perto dos irmãos e irmãs que sofreram o fracasso do amor em suas vidas”.
Pouco antes, o jornal argentino “La Nación” havia publicado uma entrevista na qual o Papa Francisco lembrava seus fiéis de que pessoas divorciadas que voltam a se casar não estão excomungadas, apenas não podem receber a comunhão na missa.
Pressão
O reconhecimento da nulidade do matrimônio religioso em caso de divórcio civil é um dos maiores motivos de discórdia entre representantes de alas conservadoras e progressistas da Igreja Católica.
E o Papa Francisco enfrenta essa pressão para tentar modernizar a igreja e se aproximar dos fieis.
Com informações de OGlobo

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