Governo limita rotativo no cartão de crédito: golpe na bola de neve

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Por Só Notícia Boa
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Foto: CNN

O Conselho Monetário Nacional (CMN) tomou uma decisão importante para frear a “bola de neve” que faz aumentar de forma insana a dívida do cartão de crédito.

O conselho definiu que o prazo para o uso do rotativo do cartão de crédito terá um limite: será de apenas 30 dias.

Depois disso, se o consumidor ainda não conseguir quitar, os juros param de correr e a instituição terá que parcelar a dívida.

O banco terá que apresentar ao cliente uma proposta mais vantajosa para pagar o valor devido.

O economista Newton Marques disse ao SóNotíciaBoa que o empurrão do CMN “vai ser uma grande ajuda para acabar com a bola de neve” que faz a dívida do cartão subir de forma cruel, caso acumule mês a mês.

Juros sobre juros

Hoje, se o consumidor não pagar o valor total da fatura, a dívida é jogada para o mês seguinte, com a cobrança dos juros do rotativo. Isso acontece mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros.

Desse modo, uma dívida de R$ 5.000 pode virar mais de R$ 27 mil em um ano, numa espécie de “bola de neve”.

A decisão foi divulgada na noite desta quinta-feira (26). Os bancos e instituições financeiras têm até 3 de abril para se adequar às mudanças.

Tamanho dos juros

Em dezembro, por exemplo, a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito atingiu 484,6% ao ano, em média, segundo dados divulgados mais cedo pelo Banco Central.

Para comparação, os juros do crédito consignado –um dos mais baratos– eram de 29,3% ao ano no mesmo mês.

O CMN informou que o freio na bola de neve é para “tornar o uso do cartão de crédito mais eficiente e barato para o usuário” e “ajudar instituições financeiras a aprimorar gerenciamento de risco de crédito”.

Promessa

No final do ano passado, o governo anunciou que implementaria mudanças no cartão de crédito para diminuir a taxa de juros.

O presidente Michel Temer havia afirmado que os juros do rotativo teriam uma redução de mais da metade no primeiro trimestre de 2017.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a queda deve começar a ser percebida em março.

Com informações do UOL e SNB