Cientistas dos EUA revertem diabetes com substância não tóxica

Diabéticos têm diminuição da quantidade de células beta, que são responsáveis pela produção da insulina, o hormônio que regula os níveis de glicose no sangue.
Cientistas que trabalham na Novartis da Califórnia, EUA, descobriram uma maneira de fazer com que essas células beta se proliferem. Isso teria potencial para tratar e eventualmente curar muitas formas de diabetes.
Com financiamento da JDRF (fundação para pesquisa em diabetes juvenil ), os pesquisadores descobriram uma substância não tóxica capaz de provocar a multiplicação de células beta adultas tanto em roedores, usados na pesquisa, quanto em humanos.
A informação foi divulgadas pelo endocrinologista Freddy Eliaschewitz, diretor do Centro de Pesquisas Clínicas CPCLin e presidente da Comissão de Pesquisa da Sociedade Brasileira de Endrocrinologia e Metabologia.
A pesquisa
Através de diversas metodologias, os pesquisadores demonstraram, de modo inequívoco, que a aminopyrazina, quando administrada em animais de experimentação, nos quais parte das células beta havia sido destruída, era capaz de restaurar o número de células beta, revertendo o diabetes.
Nos experimentos com células humanas, foram utilizadas ilhotas (que contêm as células beta) que foram transplantadas em camundongos diabéticos.
Após a administração de aminopyrazina nesses animais, ocorreu a reversão do diabetes.
Recuperadas as ilhotas que haviam sido transplantadas na cápsula renal, verificou-se um grande aumento no número de células beta contidas nas ilhotas.
O efeito da substância
Em uma série de experimentos posteriores, para investigar como a aminopyrazina produzia seu efeito, ficou demonstrado que este era devido à inibição de duas proteínas importantes para impedir que a célula entre no ciclo de divisão celular: DIRK1A e GSK3B (Nature Communications 6, Article number: 8372 (2015).
A importância desta pesquisa para a medicina é a demonstração de que é possível induzir a multiplicação de células humanas adultas com substâncias não tóxicas, derrubando o mito de que as células beta não são capazes de se multiplicar após os cinco anos de idade.
Remédio
Há ainda um longo caminho para que a aminopyrazina possa ser transformado em medicamento.
Como as proteínas DIRK1A e GSK3B existem em outras células, é preciso demonstrar que a aminopyrazina não induz a proliferação de outras células além das células beta ou, seguindo as pistas deixadas por este estudo, descobrir outras substâncias que sejam mais específicas.
No mínimo, mesmo que a aminopyrazina nunca possa ser usada como medicamento, sabemos que a estratégia de tratar diabetes aumentando o número de células beta é uma meta plausível de ser atingida, o que incentiva os cientistas e dá esperança aos pacientes.
Com informações da Veja

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