Creme pra verrugas impede infecção de vírus de mosquito após picada

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Por Só Notícia Boa
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Foto: reprodução|Foto: Steven Bryden

Um creme que estimula o sistema imunológico protegeu animais de laboratório da infecção por vários vírus que são transmitidos pelas picadas de mosquitos e pernilongos.

Se aprovado para uso humano, o repelente desenvolvido no Reino Unido, promete ajudar a reduzir a propagação de vírus como zika, dengue e chikungunya.

O creme, chamado imiquimod ou Aldara, é comumente usado para tratar verrugas genitais e algumas formas de câncer de pele, mas ainda não foi testado em humanos para uso em picadas de mosquito.

Ele funciona ativando rapidamente as respostas imunológicas locais na pele, o que impede que o vírus se espalhe para o resto do corpo.

Steven Bryden e seus colegas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, começaram o estudo e os testes com o vírus Semliki Forest, que é transmitido por mosquitos e causou surtos na África.

Testes

Em alguns experimentos, eles injetaram os vírus diretamente nos locais de picadas de pernilongo para garantir a infecção.

Sete dos 11 camundongos, cujas picadas de mosquito foram tratadas com o creme para a pele, sobreviveram à infecção.

Nenhum dos outros 11 camundongos que não receberam o creme sobreviveu à infecção.

O creme para a pele também limitou a propagação do vírus chikungunya e outro vírus transmitido por mosquitos, chamado Bunyamwera orthobunyavirus, sugerindo que o tratamento pode funcionar contra muitos vírus transmitidos por mosquitos.

“Foi uma grande surpresa que a simples aplicação de um creme pudesse ter um efeito tão dramático,” disse o professor Clive McKimmie.

Longa duração

A aplicação do creme para a pele protegeu os animais contra o vírus mesmo quando aplicado até cinco horas após a picada do pernilongo.

O creme também limitou a disseminação dos vírus zika e chikungunya em amostras de tecido de pele humana testadas em laboratório, sugerindo que essa abordagem também pode funcionar em pessoas.

A equipe pretende agora realizar testes de segurança em humanos.

Como o medicamento já foi aprovado para uso humano, o creme antiviral poderá ser aprovado de forma relativamente rápida.

Foto: Steven Bryden

Foto: Steven Bryden

Com informações do Diário da Saúde

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