Depois dos golfinhos na costa marítima e peixes, agora são as águas vivas que podem ser vistas nas águas límpidas de Veneza, na Itália, durante o isolamento social.
As imagens subáquaticas foram flagradas pelo zóologo e fótografo italiano, Andrea Mangoni.
Mangoni conseguiu filmar a água-viva perto da Piazza San Marco.
Uma cena é quase surreal, já que a chamada “medusa” pelos italianos, parece estar voando entre os edifícios, por causa do reflexo dos prédios nas águas dos canais.
O vídeo foi publicado no perfil do zoólogo no dia 13 de abril, e mostra a água-viva nadando tranquilamente entre os canais da cidade vazia.
“Graças à excepcional calma dos canais de Veneza, devido à ausência de barcos, essa água-viva pulmonar (Rhizostoma pulmo) nadou nas águas transparentes perto da ponte Bareteri e parecia deslizar através do reflexo dos edifícios, incrivelmente imóveis” , diz Mangoni no post do instagram.(post abaixo)
Brincadeira
De propósito, Mangoni inverte as imagens fazendo com que as pessoas enxerguem o vídeo ainda mais surreal e faz uma provocação à reflexão sobre mudarmos nosso ponto de vista como diz no post do Instagram.
“Às vezes você só precisa mudar seu ponto de vista para admirar um fantasma se movendo pelos prédios venezianos.”
Se colocarmos o nosso celular invertido e assistirmos as imagens é possível ver o registro original do zoólogo
As imagens correram todas as agências italianas e internacionais.
As águas são tão transparentes, que o reflexo dos edifícios nos faz acreditar que de fato, a água viva está voando o que fez com que, outros venezianos compartilhassem fotos das águas vivas no céu, por causa do efeito do reflexo na água. (veja no post do facebook abaixo)
Outra Veneza
Durante o confinamento, Veneza está redescobrindo uma nova vida.
Vistos do satélite, seus canais agora estão completamente sem barcos e as águas ficaram claras novamente. (foto abaixo)
Segundo Attilio Rinaldi, professor do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade de Bolonha, contatado pela Reuters, essa água-viva é muito comum no alto Adriático e, provavelmente, entra nos canais por causa da maré.
Isso também é confirmado por Maciej Manko, da faculdade de Oceanografia de Gdansk, na Polônia. Ele afirma que essa espécie passa facilmente por canais naturais, ainda mais agora na época de maré baixa.
Segundo o especialista, esses fenômenos estão se tornando cada dia mais visíveis, por causa da transparência das águas.
Isso porque os sedimentos presentes na água se depositaram no fundo dos canais.
Assista ao vídeo:
Veja a postagem de Andrea:
Qui, dove le meduse volano *
Publicado por Rouge Maudit em Domingo, 19 de abril de 2020
Veja também um sobrevôo por Veneza deserta:
O Zoólogo Andrea Mangoni dá entrevista
Com informações de Prima Venezia e RDS
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