Estudantes criam blister biodegradável para medicamentos

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Por Só Notícia Boa
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blister para medicamentos - Foto: reprodução / ICTQ

Sabe aquelas cartelas que armazenam os medicamentos, conhecidas como blister? Estudantes tiveram a ideia de criar cartelas biodegradáveis, para evitar a poluição do meio ambiente.

Os pesquisadores universitários da Faculdade de Farmácia da Universidade da Costa Rica (UCR) trabalham no desenvolvimento de uma folha feita a partir de polímeros biodegradáveis para substituir os blisters de medicamentos, normalmente feitos de plástico e alumínio.

A EcoBlist usa como elemento base um composto natural que se pode ser cultivado. Ele não foi divulgado, por enquanto, para proteger a propriedade intelectual.

“O EcoBlist é uma embalagem com qualidade, segurança e eficácia para os medicamentos, além de facilitar o manuseio aos usuários. Ao mesmo tempo, contribuiu com o meio ambiente, pois é um produto biodegradável”, disse um dos integrantes da equipe de pesquisadores, Cristopher Rosales, ao portal da UCR.

A ideia

Álvaro Alfaro, outro jovem pesquisador, disse que a ideia nasceu depois de uma pesquisa da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, revelou que, em 2015, foram geradas 400 milhões de toneladas de plástico.

“Desse valor, 36% foram destinados à produção de embalagens, entre as quais blisters de medicamentos. Como outros plásticos, eles causam efeitos danosos ao meio ambiente, na saúde e na economia”, disse o estudante.

A pandemia atrapalhou impediu que os universitários produzissem um protótipo, mas o professor/coordenador do curso de Gestão da Inovação da Faculdade de Farmácia da UCR, German Madrigal Redondo, assegurou que o projeto é totalmente viável.

Investimento

O pesquisador, Alisson Vargas, disse que se houver apoio financeiro, a equipe poderá obter os primeiros resultados nos próximos dois anos.

“Como o uso do plástico em embalagens de medicamentos é global, essa ideia pode ser replicada em outras partes do mundo e ajudar a reduzir o impacto do plástico no meio ambiente”, salientou.

O projeto já recebeu apoio e assessoria de vários órgãos de pesquisa da Costa Rica, como o Centro Nacional de Ciência e Tecnologia de Alimentos (CITA-UCR), o Centro Nacional de Inovações Biotecnológicas (Cenibiot) e o Instituto de Investigação Farmacêutica (Inifar-UCR).

Com informações da UCR e ICTQ