Floresta desconhecida no deserto do Saara é descoberta por satélite

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Por Só Notícia Boa
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Arvores no Saara - Foto: Dr. Martin Brandt

Cientistas europeus descobriram uma floresta desconhecida em pleno deserto do Saara, na África, com a ajuda de imagens de satélites de alta precisão e tecnologia de inteligência artificial.

No meio do local árido, foi encontrada uma área verde com 1,8 bilhão de árvores e arbustos, com coroas que medem maiores que 3 metros quadrados.

“Foi uma grande surpresa descobrir que algumas árvores são capazes de crescer no deserto do Saara, uma região onde a maioria das pessoas acreditava que isso não seria possível – até agora… Contamos milhões de árvores no meio de um deserto”, disse Martin Brandt, geógrafo da Universidade de Copenhagen que liderou o estudo.

Como

Martin e uma equipe de pesquisadores da Alemanha, França, Senegal, Bélgica e da Nasa explicaram à revista científica Nature que eles usaram inteligência artificial e imagens de satélites precisas. Direto espaço, as câmeras conseguiram identificar objetos com menos de meio metro de diâmetro.

“Árvores fora das áreas ocupadas por florestas não são comuns dentro dos modelos climáticos comuns e sabemos muito pouco sobre a sua capacidade de estocar carbono. Elas são um elemento desconhecido no ciclo do carbono”, explica Martin.

“Estas árvores são um ponto a ser entendido e um elemento desconhecido no ciclo global de carbono”, diz o dr. Martin Brandt.

Mais árvores

O total de árvores contabilizadas nas regiões do Saara e Sahel pode ser maior ainda, já que o satélite não conseguiu identificar árvores com uma copa menor do que 3 metros quadrados.

Esta descoberta é mais uma surpresa que a natureza e as árvores oferecem à ciência. Nos últimos anos, cientistas fizeram um censo de quantas árvores existem no mundo e chegaram ao número aproximado de 3 trilhões.

Também foram contabilizados os diferentes tipos de árvores e o número ultrapassou 60 mil.

“Sem esta tecnologia, não poderíamos ter descoberto e mensurado o tamanho desta floresta. Acredito que este pode ser o início de uma nova era nas pesquisas científicas”, concluiu o Dr Brandt.

Com informações da Nature e TheEconomist